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segunda-feira, setembro 23, 2024

Exame de DNA comprova que tio estuprou e engravidou menina de 10 anos em São Mateus, diz revista nacional

O exame de DNA, realizado com os materiais genéticos da menina de 10 anos, que engravidou após ser estuprada em São Mateus, revelou que o tio dela é o responsável pelo abuso sexual e a consequente gravidez.

De acordo com a revista Veja, as amostras biológicas da vítima, do feto e do tio da menina, apontaram que o homem estuprou e engravidou a sobrinha. Preso no dia 18 de agosto, o tio da criança confessou que tinha relações sexuais com a menina desde 2019.

Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, os investigadores receberam, no dia 19 deste mês, do Instituto de Genética Forense de Pernambuco, os perfis genéticos do feto e da criança. Ambos foram analisados no Laboratório de DNA, onde foram feitas as confrontações com o perfil do suspeito, cujo material biológico foi coletado para processamento no dia da sua prisão.

Na última terça-feira (25), em cinco dias úteis, o resultado do exame foi concluído e encaminhado ao Ministério Público Estadual. Como se trata de um processo que corre em sigilo, a polícia informou que não divulgará o resultado do laudo.

“A agilidade desse caso foi possível devido ao material a ser examinado e os tipos de amostras que foram coletadas, com excelente qualidade, que permitiram que o exame pudesse ser muito mais célere. É importante esclarecer que isso influenciou no trabalho, para não haver uma falsa impressão de que passamos esse caso à frente dos demais. Todos os outros estão em andamento no trâmite normal e com grande complexidade”, explicou o superintendente de Polícia Técnico-Científica, Renato Kosky Jr.

Por nota, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de São Mateus, informou que recebeu na última segunda-feira (24) o laudo com os exames de DNA, após ter requisitado os dados.

Segundo o órgão, o documento foi apresentado imediatamente ao juízo para ser anexado aos autos do processo, que tramita em segredo de justiça. O teor do documento e os próximos passos do processo não serão divulgados.

A Polícia Civil do Estado do Espirito Santo (PCES) realizou coletiva de imprensa no dia 18 de agosto para falar sobre a prisão. O caso chegou ao conhecimento da polícia no dia 08, após a criança dar entrada no Hospital Roberto Silvares com suspeita de gravidez. O suspeito confessou que tinha relações com a menina desde 2019.

Participaram da coletiva o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, o superintendente de Polícia Regional Norte, delegado Ícaro Ruginsk e o chefe da 18ª DR de São Mateus e responsável pelas investigações, delegado Leonardo Malacarne.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também esteve presente e parabenizou o trabalho da polícia na atuação do caso.

De acordo com o coronel Alexandre Ramalho, secretário de segurança do Estado, a mãe da menina é falecida e o pai está preso. A criança é criada pela a avó, com histórico de muita dificuldade social.

Ramalho esclareceu ainda que o suspeito  já tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, associação ao tráfico e posse ilegal de armas.

Segundo Arruda, uma equipe multidisciplinar vai acompanhar o cuidado com a criança e que as pessoas que cometeram crimes, divulgando dados sigilosos sobre a identidade da menina, serão investigadas.

Alegações do suspeito

Num vídeo que circula nas redes sociais e aplicativos de mensagens, o homem afirma que outras pessoas da família da menina também teriam praticado abusos contra ela. Porém, segundo os investigadores, a polícia trabalha com a informação de que o crime foi cometido apenas por ele. Todos os detalhes ainda estão sendo apurados.

Ainda de acordo com a polícia, o suspeito alegou que ele e a criança teriam um relacionamento e que os atos sexuais eram consentidos. Porém, por se tratar de uma menor de idade, o caso é considerado estupro de vulnerável. A pena máxima pode ser de 8 a 15 anos e ainda poderá ser aumentada por conta de agravantes relacionados ao caso.

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