Wanderley Tribeck afirmou que o personagem é “bom e honesto” e que usá-lo para se referir ao presidente seria um elogio
Apesar de ser usado por ativistas de esquerda na tentativa de ofender o presidente Jair Bolsonaro, o apelido Bozo, nome do famoso palhaço campeão de audiência no SBT entre os anos de 1980 e 1982, é sinal de orgulho para o intérprete original do personagem. Apoiador declarado do chefe do Executivo, o pastor Wanderley Tribeck afirmou que se referir ao líder dessa forma é igual a elogiá-lo.
– Bozo é um personagem sério, um personagem bom, honesto. Eles não têm nada a dizer de ruim sobre o personagem – disse ele em entrevista ao UOL.
Pastor da Assembleia de Deus na cidade catarinense de Criciúma, Tribeck ironizou as carreatas com críticas ao presidente, feitas no município no último final de semana. Sobre as mobilizações, que usaram o nome do personagem eternizado por ele, o líder religioso afirmou que foram “meia dúzia de carrinhos, só”.
Wanderley declarou que apoia Bolsonaro por conta da “cartilha de Deus” seguida pelo atual presidente. Segundo ele, enquanto o líder mantiver seus posicionamentos morais em favor de valores como a família e for contrário à liberação das drogas e à prática do aborto, terá sempre o voto dele.
– Sou cristão, a favor da família, contra as drogas e contra o aborto. Bolsonaro segue a cartilha de Deus, e eu gosto dele por isso. Enquanto continuar assim vou votar nele sempre – disse.
Além de criticar os atos do último final de semana, Tribeck também disse ser inútil a tentativa de parte da imprensa de desmoralizar Bolsonaro atacando a família dele e afirmou que o atual presidente ainda deve continuar com uma forte popularidade por um longo tempo.
– O pessoal tinha que parar com esse negócio, por muito tempo a onda vai ser Bolsonaro. Não adianta a mídia ficar pegando no pé do filho dele, no pé da mulher dele. O cara que é Bolsonaro é igual ao cara que é flamenguista: não muda – afirmou.
Em março de 2020, o Pleno.News conversou com o pastor Wanderley Tribeck. Na ocasião, além de falar do apoio a Bolsonaro, o líder religioso também falou sobre sua conversão, o momento político do país e da repercussão do uso do nome do personagem consagrado por ele para se referir ao presidente da República. Confira abaixo:
Em que momento da sua vida o senhor se tornou pastor?
Eu não escolhi me tornar pastor; eu fui ungido, fui escolhido. Eu tenho um chamado de Deus e decidi largar tudo para seguir a Jesus. Sou convertido desde agosto de 2000, mas só comecei a pregar o evangelho em 2011.
E desde que atendeu ao chamado, o senhor tem pregado pelo Brasil? Como tem sido a recepção?
A recepção tem sido ótima; é a melhor possível. Todas as pessoas gostam de mim da mesma maneira que gostavam quando eu era artista. Só que agora eu renunciei à carreira e às coisas do mundo. Tenho um prazer muito grande em pregar a Palavra de Deus em todos os cantos do mundo e tenho tido uma recepção ótima pelas pessoas.
Recentemente o senhor fez um vídeo para o presidente Jair Bolsonaro, a quem os opositores costumam chamar de Bozo. Por que se manifestar agora? Ficou feliz com o agradecimento pelo apoio?
Eu gravei o vídeo porque me senti, tanto quanto o presidente, ofendido. Eles [a esquerda] estavam chamando o presidente de Bozo, tentando denegrir sua imagem. Eles estavam completamente errados, porque o Bozo foi um personagem bom, educou as crianças, incentivou as crianças a serem boas criaturas, ensinou as famílias. O Bozo era a continuação do lar das pessoas; ele era um personagem muito bom. Por isso achei esquisito. Então eu quis mostrar que, se eles estavam chamando o presidente de Bozo, estavam elogiando-o. A esquerda foi muito infeliz, porque chamar o presidente de Bozo é elogiar. E consegui o objetivo, que era agradar o pilar principal, o presidente da República. Ele gostou, deu a resposta dele, recebi mensagens deles. Sou muito agradecido.
O senhor fez campanha e votou em Jair Bolsonaro em 2018. Agora, pouco mais de 1 anos depois de assumir o cargo, o senhor acha que Bolsonaro está cumprindo seu papel?
Acho que o país está melhorando. É claro que sempre vão ter os contra, aqueles que não querem que o país melhore. Se nós partirmos para o lado evangélico, eu, como pastor, tenho que abençoar meu presidente, o meu país, porque eu quero o melhor para as famílias. A nossa língua tanto abençoa quanto amaldiçoa, mas cristão não pode amaldiçoar, tem que abençoar. E entre os dois candidatos na eleição, o de Deus era o Bolsonaro. O outro [Fernando Haddad, PT] é a favor do aborto, do casamento homossexual, de todas as coisas ruins, roubalheiras e falcatruas. Nunca se roubou tanto como no governo deles. Claro que temos que entender que Bolsonaro é o homem que está com Deus. Eu votei nele e vou continuar ajudando. Enquanto ele for meu presidente e estiver governando o país, eu estarei do lado dele sim.
Então, como evangélico, o senhor acredita que o país segue pelo caminho certo?
Sim, acredito que nosso país, em pouco tempo, será uma potência mundial. Temos tudo para ser uma grande nação. Só precisamos ser mais unidos; pensar mais nas coisas boas, e não pensar negativamente; parar de inventar mentiras, condenar e crucificar as pessoas. O Brasil é um país maravilhoso que, com certeza, está no caminho certo.
Após a repercussão do vídeo, o senhor teria interesse em conhecer Jair Bolsonaro? Já houve este tipo de convite?
Eu não entro em contato com o presidente para isso. Meu interesse é fazer o melhor para ajudar. Mas é claro que, se [eu] receber o convite, vou conhecê-lo com o maior prazer. Quero dar um abraço nele, ser amigo de perto, porque gosto muito dele.
Fonte: Pleno News/fotos reprodução