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sexta-feira, novembro 22, 2024

Pedido de impeachment de Jair Bolsonaro feitor por religiosos é criticado no meio cristão

O pedido foi feito nesta terça-feira (26/01) com menos de 380 assinaturas na Câmara dos Deputados. Já existem notas sendo divulgadas em todo o Brasil negando a legitimidade da representação.

O documento conta com quase 380 assinaturas, entre padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e, também, pastores, além de 17 movimentos cristãos. Cabe ao presidente da Câmara decidir se aceita ou não um pedido de impeachment. O atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixará o posto na próxima semana, dia 1º, quando será eleito o deputado que vai sucedê-lo no comando da Câmara.

O anúncio do protocolo do pedido de impeachment foi feito em um ato no Salão Verde com a presença de alguns representantes religiosos e parlamentares de oposição ao governo.

“A motivação principal deste pedido está relacionada à ausência total de iniciativas da parte do governo para diminuir e conter os impactos da pandemia de Covid-19. O sufoco de Manaus é o sufoco do país inteiro, que neste momento tem população abandonada porque temos um governo que nega o direito à vida”, afirmou a pastora Romi Bencke, representante do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs.

O documento protocolado nesta terça-feira (26/01), tem 74 páginas e as pessoas afirmam que as “ações e omissões” do presidente durante a pandemia são crimes de responsabilidade contra a probidade da administração.

No pedido desta terça, os líderes religiosos acusam Bolsonaro de agravar a crise do coronavírus e, consequentemente, o número de mortes. Para eles, o presidente cometeu crime de responsabilidade e desrespeitou princípios constitucionais e o direito à vida e à saúde. Mais de 215 mil pessoas já morreram de Covid-19 no Brasil.

Declarações de Bolsonaro durante a pandemia, como chamar o novo coronavírus de “gripezinha”, são citadas no pedido de impeachment a ser apresentado pelos religiosos. “As ações e omissões de Jair Bolsonaro, que seguem em repetição e agravamento, levaram e seguem levando a população brasileira à morte e geraram danos irreparáveis. Isso é crime de responsabilidade. Crime contra os direitos e os princípios constitucionais mais primários: à vida e à saúde”, diz a peça.

Controvérsia: Em uma nota publicada em sua página nas redes sociais na quarta-feira (27), a Convenção Batista Brasileira (CBB) negou que tenha qualquer envolvimento com o pedido de impeachment. Outras igreja estão criando posts nas redes sociais contra o ato.

A posição desses líderes religiosos vai na contramão de pastores evangélicos que defenderam a eleição de Bolsonaro, em 2018, e integram a base de apoio ao governo – casos de Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo), José Wellington Bezerra da Costa (Assembleia de Deus Belém), Edir Macedo (Universal do Reino de Deus) e R.R. Soares (Igreja Internacional da Graça de Deus), René de Araújo Terra Nova (M12) além de vários outros batistas e de denominações independentes.

 

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