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sexta-feira, novembro 22, 2024

Minas Programando vai capacitar e incluir público vulnerável nos setores de TI

O objetivo é promover a inclusão digital e produtiva de públicos em situação de vulnerabilidade social, e qualificar cerca de 2 mil pessoas

A fase piloto do projeto Minas Programando, iniciativa voltada para oferta de vagas de qualificação profissional na área de Tecnologia da Informação, foi lançada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), em parceria com a Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais (Utramig), na última semana. O objetivo é promover a inclusão digital e produtiva de públicos em situação de vulnerabilidade social, e qualificar cerca de 2 mil pessoas – prioritariamente mulheres – até o final de 2022, em cursos com cargas horárias entre 160 e 280 horas/aula.

O Minas Programando surgiu a partir de demandas do setor produtivo, tendo em vista a tendência de crescimento do número de trabalhadores absorvidos pelo setor em Minas Gerais, e a dificuldade já relatada pelos empregadores em encontrar mão de obra qualificada. A sociedade civil também teve influência, por meio de movimentos sociais que reforçaram a necessidade de se criar ações de educação profissional com objetivo de preparar as pessoas, principalmente as mais vulneráveis, nas principais competências e habilidades exigidas pelo mercado de trabalho.

Diante do cenário, o Governo de Minas, em parceria com a Sociedade Mineira de Software (Fumsoft), realizou, em 2020, um diagnóstico para identificar a distribuição e a organização do setor de Tecnologia da Informação no estado. Com base nos resultados e em interlocuções com empregadores, foi possível encontrar especializações produtivas em determinadas regiões, e listar cursos de qualificação profissional adequados às necessidades locais. Os resultados do estudo estão disponíveis no Caderno Setorial TIC, publicado pela Sedese.

Desigualdade

Além das necessidades de qualificação técnica, o estudo também evidenciou um cenário de desigualdade no acesso aos postos de trabalho do setor, uma vez que mulheres e pessoas negras tem menor participação, principalmente quando observados os postos de nível técnico ou os cargos de liderança.

A Sedese coordenou esforços em três frentes de atuação para viabilizar a oferta de vagas: articulação com órgãos estaduais, como a Utramig, para direcionamento de vagas; parceria com entidades privadas interessadas em integrar o projeto por meio de doação de serviços; e a oferta de vagas diretas pela secretaria.

O subsecretário de Trabalho e Emprego da pasta, Raphael Vasconcelos, destaca a importância da iniciativa: “Não é de hoje que o setor de Tecnologia da Informação se coloca como uma das alavancas prioritárias para o desenvolvimento econômico mineiro, gerando riqueza para o estado e postos de trabalho de qualidade para os trabalhadores. São fundamentais projetos de inclusão produtiva, como o Minas Programando, para que não haja escassez de mão de obra e para que toda a população, principalmente a mais vulnerável, tenha condições de acessar essas oportunidades e se beneficiar do crescimento proporcionado pelo setor”, explica.

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