Ativistas têm criticado o presidente russo de não conceder “privilégios” legais para o movimento LGBT no país.
Nesta segunda-feira (13) a Rússia proibiu oficialmente o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, e determinou que ele deve ser feito exclusivamente entre um homem e uma mulher, a decisão veio do presidente Vladimir Putin que ratificou uma emenda constitucional.
Um dos principais opositores ao tema no país, Pyotr Tolstoy, deputado na Duma, disse que a Rússia precisa manter o tradicionalismo como fortaleza e afastar-se dos “erros do Ocidente”, deixando que certas minorias recebam direitos especiais.
Para responder às inúmeras críticas sobre não apoiar as causas do movimento LGBT, o presidente russo alega que o país não persegue criminalmente as pessoas devido à sua orientação sexual como na União Soviética.
A Rússia é o quarto país da Europa que menos defende a agenda LGBT, perdendo somente para a Turquia, Armênia e Azerbaijão, segundo os dados da Organização Rainbow em 2019.
Valores tradicionais
Desde 1993 a Rússia reconheceu a legalidade da homossexualidade, porém com Putin o país anda junto com a igreja ortodoxa há 20 anos para defender os valores tradicionais, segundo a revista Time.
A revista também afirma que as autoridades da cidade de Moscou baniram os eventos de orgulho gay por 100 anos em 2012, e um ano depois Putin teria aprovado uma lei que proíbe informações consideradas como promotoras da homossexulidade para menores.
Em julho do ano passado 78% dos eleitores russos apoiaram a revisão constitucional feita recentemente, segundo a Associated Press. Mesmo assim, vários ativistas russos lutaram através de campanhas para a inclusão do movimento LGBT na sociedade russa.
Além dessa, entre outras emendas está a que Putin se permite participar de mais dois novos mandatos presidenciais, podendo manter o seu poder até 2036, de acordo com o Observador.