Ex ministro da Saúde atuou por um mês antes de pedir exoneração. O médico Nelson Teich, deixou o cargo em maio de 2020.
O ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse nesta quarta-feira (5), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que deixou o cargo após verificar que não teria autonomia para conduzir a pasta.
O ex-ministro, que é médico oncologista, disse que não era de seu conhecimento que o Exército produziu cloroquina para o tratamento de covid-19 e que sua orientação foi contrária ao uso do medicamento, que poderia apresentar “efeitos colaterais”. Conforme estudos, não há eficácia científica para o uso do medicamento no combate à covid-19.
Em seis horas de depoimento o oncologista explicou os motivos pelos quais pediu demissão, falou sobre a recomendação pelo governo de medicamentos ineficazes contra o coronavírus e a falta de uma política de distanciamento social; e fez avaliações sobre a condução da pandemia pelo Executivo.
O depoimento se iniciou às 10h23 e terminou às 16h36. Durante a sessão, o ex-ministro respondeu a questionamentos de diversos senadores, aliados do governo e de oposição.
Inicialmente, o comparecimento de Nelson Teich estava previsto para esta terça-feira (4) após a participação do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, primeiro ex-integrante do governo Bolsonaro a depor na CPI.