Datas marcam lutas por direitos
Foi somente em 17 de maio de 1990 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. A decisão transformou a data em marco e levou à criação do Dia Internacional contra a Homofobia.
Saúde mental
Será também data de reflexões nesta semana o Dia da Luta Antimanicomial (terça-feira, 18), considerado pelos profissionais da saúde mental no Brasil como uma conquista e evolução no tratamento de pessoas com doenças ou transtornos psiquiátricos (saiba mais dessa história) .
As reformas ocorridas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) conferiram novo sentido ao tratamento, deixando para trás um passado de violações de direitos humanos e abusos contra pacientes que ocorreram naqueles manicômios. Essas alterações geraram, por exemplo, uma rede de serviços com equipe multiprofissional. As maiores mudanças ocorrem após a Constituição de 1988 e o início dos anos 1990.
Por falar em saúde mental, o momento da pandemia também pede atenção especial aos cuidados que todos devemos ter em dias com menos interação social, as pressões e receios próprios desse período. Sobre o assunto, o programa Caminhos da Reportagem trouxe cobertura especial no ano passado. Assista abaixo.
Confira fatos históricos do mês de maio
Como mostram materiais do acervo do Empresa Brasil de Comunicação, os últimos 31 anos são de buscas por conquistas e de garantias de direitos. Ainda hoje, pelo menos 70 países mantêm legislações punitivas contra homossexuais. Por outro lado, há cenários em que direitos, como a da união civil e da adoção de crianças, garantiram novas perspectivas para esses casais e famílias.
No Brasil, decisões judiciais recentes (como a que criminalizou a homofobia, em 2019) geraram também maior representatividade e direitos. A advogada Maria Berenice Dias, especialista em direito homoafetivo, entende que a data é motivação para a sociedade refletir sobre a importância do respeito às diferenças.
Ela ratifica também a necessidade da consciência, inclusive, sobre a importância da escolha das palavras: o uso de homossexualidade e não “homossexualismo”, em vista de que o sufixo “ismo” relaciona-se a uma doença, uma ideia que precisa ser superada. A pesquisadora concedeu, no ano passado, entrevista para o programa Viva Maria, da Rádio Nacional, sobre o tema. Confira aqui.