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segunda-feira, setembro 23, 2024

Neidson alerta que obras como da UPA não podem virar “discurso de campanha eleitoral”

Vereador informa que UPA já tem denúncia no Ministério Público Federal – “Pessoal, nesse momento de indignação com o incêndio da UPA Fênix, necessário mostrar a população informações importantes.”

Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal de Itabira, desta terça-feira (25), o vereador Neidson Dias Freitas (MDB), fez uma manifestação pontuada contra a postura do Executivo, com relação ao incêndio de grandes proporções, que aconteceu em uma edificação projetada para ser uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Fênix, no último domingo (23).

O vereador denunciou que um lote vago, de propriedade da Prefeitura, ao lado da edificação, estava com mato alto e cheio de lixo, oportunizando a queimada.

Neidson relembrou o histórico dos problemas encontrados na UPA, com a investigação realizada pela gestão passada: “Em 2018, a Câmara Municipal de Itabira realizou uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as falhas apresentadas na UPA. Foram ouvidos o Prefeito, os Secretários de Obras e Saúde da época, além de diversos outros envolvidos no projeto. O laudo de uma arquiteta especialista em edificações para área da saúde comprovou que a obra não possuía a menor condição técnica de ser entregue a população.”

Segundo ele, a obra foi inutilizada como UPA com aprovação do Conselho de Saúde, mas que era estudada a nova utilização do prédio:  “Além disso, o Conselho Municipal de Saúde aprovou a inviabilidade de utilização e instalação da UPA. O que pode ter evitado uma tragédia ainda maior, diante das falhas apontadas no laudo.”

Em Nota Oficial, a Prefeitura de Itabira assumiu o abandono do prédio, com mato exposto até mesmo depois do incêndio, mostrando desleixo com o patrimônio público.

Damon Lázaro depondo na CPI

O ex-prefeito Damon Lázaro de Sena foi denunciado no Ministério Público Federal: “A conclusão da CPI UPA Fênix foi aprovada pela resolução n. 83/2018 e encaminhada para o Ministério Público Federal, Tribunal de Constas da União, Corregedoria da União, e diversos órgãos responsáveis para apurar e punir os responsáveis,” afirmou o vereador Neidson.

O vereador afirmou também que estavam sendo negociadas em Brasília, mudanças para a utilização do prédio. “Desde o início dos trabalhos da CPI, ocorreram diversas tratativas em Brasília, no Ministério da Saúde, para dar outra destinação ao prédio e minimizar o prejuízo ao erário público, contudo, até a presente data não existia nenhum posicionamento do órgão sobre o pedido realizado.”

Para Neidson não pode haver mais discurso político no contexto de obras como da UPA: “Necessário refletir que obras como essas precisam ser analisadas por técnicos com grande experiência e não apenas com a intenção de cumprir promessas eleitorais, pois, caso inviáveis, o prejuízo poderá ser muito grande,” encerrou o vereador.

 

Incêndio da UPA: A Prefeitura assume, em nota oficial, o abandono da UPA por parte da administração pública

 

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