Cerca de 275 casas incendiadas e mais de 22 mil pessoas deslocadas.
No final de semana, a Nigéria sofreu uma série de ataques violentos, supostamente de radicais Fulani, que começaram na noite de sábado, até a manhã de domingo, segundo um comunicado divulgado pela Associação de Desenvolvimento Irigwe (ADI).
Cerca de 7 pessoas foram mortas e quase 300 casas foram destruídas, resultando em milhares deslocados pelos ataques dos militantes Fulani nos vilarejos do distrito de Miango, no estado de Plateau.
O presidente nacional da ADI, Ezekiel Bini, disse ao jornal This Day que a terra de Irigwe está sofrendo uma crise humanitária, depois que os agressores destruíram plantações, incendiaram propriedades, saquearam famílias, mataram pelo menos sete pessoas e deixaram nove feridos a bala.
“Neste momento, 275 casas foram incendiadas e mais de 22.000 pessoas deslocadas, incluindo mulheres, crianças e idosos. Algumas das pessoas deslocadas estão atualmente a refugiar-se em comunidades vizinhas no distrito de Miango, enquanto muitos outros se mudaram para Jos para segurança”, acrescentou Bini.
Os cristãos nigerianos estão vulneráveis
O senador Hezekiah Ayuba Dimka, presidente do Comitê de Drogas e Narcóticos do Senado, que representa o Distrito Central de Plateau, pediu que as agências de segurança encontrassem os responsáveis por esses crimes “bárbaros”, segundo o Sun News.
“Semanas após a outra, as comunidades das áreas dos governos locais de Riyom, Barkin Ladi, Bassa, Jos South e Jos East sofreram intensos ataques”, disse o senador. “O padrão tem sido a dizimação de terras agrícolas, matança e mutilação, bem como perdas de vidas da maneira mais bárbara”.
O International Christian Concern (ICC), organização de perseguição religiosa nos EUA, relatou que pediu para um contato na região visitar a área afetada e confirmou o ataque. O contato local pediu auxílio a comunidade internacional e acrescentou que o governo nigeriano traiu o povo cristão, deixando-os vulneráveis.
Nos últimos anos, milhares de civis nigerianos tem sido mortos em violentos ataques pelo Boko Haram, pela Província do Estado Islâmico da África Ocidental no nordeste da Nigéria e pelos pastores Fulani radicais que estão acabando com as plantações agrícolas de cristãos, segundo o The Christian Post.