O esquema envolveu pelo menos 3 milhões de reais de fiéis.
Um grupo de 12 pastores foram demitidos pela Igreja Universal do Reino de Deus por suspeita de desvio de dízimos e ofertas, acumulando patrimônio maior que a renda.
A Universal denunciou ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil. A investigação se concentra no ex-pastor Nei Carlos dos Santos, que era responsável pela regional da instituição no Distrito Federal.
Enquanto pastor da Universal, Nei ganhava um salário de R$ 2,9 mil mensais. Em 2020, ele trocou sua casa humilde em Samambaia (região do DF) por um apartamento de luxo na Asa Norte de Brasília, no valor de R$ 2,6 milhões, além de adquirir outros três carros, que somam 248 mil reais.
Até o momento as investigações apontaram que Nei Carlos financiou o imóvel com parcelas de 87 mil reais, o equivalente a 30 vezes o seu salário, ou seja, mesmo que ele poupasse todo o seu salário durante duas décadas ainda seria insuficiente para comprar o apartamento.
Desvio milionário
O esquema milionário envolveu pelo menos 3 milhões de reais, segundo as informações do portal Metrópoles. A suspeita é que os valores eram desviados do evento “Culto 378”, uma reunião que atrai empresários que querem melhorar suas finanças.
Junto com Nei Carlos mais 11 pastores são suspeitos. Ele foi preso em agosto deste ano após movimentações bilionárias.
Os advogados da instituição de Edir Macedo disseram que a Igreja exige que seus sacerdotes aceitem a nomeação com garantia de ter as suas necessidades básicas atendidas, “sem qualquer luxo ou ostentação”.
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