Ex-diretor financeiro do Cruzeiro, contratado pela ITAURB, tem bens bloqueados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais a favor do Cruzeiro por contrato “sorrateiro” contra a raposa.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve no início de 2021, decisão da primeira instância que bloqueou, bens do ex-diretor financeiro do Cruzeiro, Flávio Pena e sua empresa F.consulting, no valor de R$ 288.124,00 como devolução de valores recebidos.
Funcionário da Itaurb está revoltado e denunciou: “Flávio Pena Medeiros, foi companheiro do prefeito de Itabira/MG, Marco Antônio Lage (PSB) na diretoria do Cruzeiro, durante a temerária gestão de Wagner Pires de Sá e Cia., nos anos de 2018 e 2019, considerados os responsáveis pela derrocada financeira do clube.”
Contratado pela ITAURB
A empresa de Flávio Pena, F. Consulting ME, ganhou um contrato na empresa responsável pela Limpeza Pública da cidade de Itabira (ITAURB), para prestação de serviços contábeis e financeiros, inclusive usou atestados de capacidade técnica emitidos pelo Cruzeiro, para se qualificar no processo. Um funcionário da empresa, que pediu para não ser identificado, chegou a comentar: “Se a sua capacidade técnica foi adquirida no Cruzeiro, o futuro da Itaurb está ameaçado, pois as finanças da equipe mineira, convenhamos não é referência.”
Na gestão de Flávio Pena na diretoria financeira do cruzeiro, o valor da dívida da Raposa alcançou a cifra de R$ 800 milhões e ainda ouve o episódio de lançar no balanço patrimonial de 2018, a venda do jogador Arrascaeta, anterior a efetiva transação, caracterizando fraude contábil.
“O prefeito Marco Antônio Lage (PSB), precisa explicar para a população itabirana, qual a sua relação com o Sr. Flávio Pena e sua empresa, que estão sendo processados pelo Cruzeiro e prestando serviços aqui na ITAURB”, disse o nosso informante.
Entenda o bloqueio:
Clube entrou com pedido de tutela antecipada contra ex-presidente e Flávio Pena Medeiros, solicitando fim do contrato com empresa do mesmo, além de ressarcimento do que foi pago a ela.
O Cruzeiro conseguiu uma vitória na Justiça em janeiro deste ano, quando a juíza Maria da Glória Reis, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, deferiu o pedido de tutela de urgência do clube e determinou o bloqueio de R$ 288.124,04 das contas do ex-presidente Wagner Pires de Sá e de Flávio Pena Medeiros, que exerceu o cargo de diretor financeiro.
Além disso, a decisão da 19ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte determinou o fim do contrato entre o Cruzeiro e a F. Consulting-ME, empresa no nome de Flávio Pena, outro pedido do Cruzeiro na ação.
A Juíza Maria da Glória Reis justifica a concessão da tutela antecipada ao Cruzeiro por alegar que o clube apresentou “motivos importantes” que provam que a gestão de Wagner Pires de Sá firmou contratos de forma sorrateira.
“O autor traz, com a peça de ingresso, motivos importantes, calcados em prova documental da situação do clube diante de conduta de administrações que acabaram por se afastar e de contratos que foram firmados em dissonância com os atos constitutivos e de forma sorrateira.”
Na petição inicial, segundo o Cruzeiro, além de contratar Flávio Pena mediante “vultuoso salário”, a administração de Wagner Pires de Sá ainda celebrou contrato com a F. Consulting, empresa em nome de Flávio, para realizar os mesmos serviços que seriam de responsabilidade do ex-diretor financeiro. O vínculo, segundo o clube, foi assinado pelo ex-presidente e contou com Itair Machado na condição de única testemunha.
Informações de ge.globo.com
*Mantivemos o nome do informante em oculto como previsto em Lei. *Fábio Cruz, advogado de Flávio Pena, entrou em contato com nossa redação. Por telefone, ele Não negou os fatos, mas disse que encaminhará explicações.