Pesquisa realizada anualmente há 29 anos revela que um a cada sete cristãos é perseguido.
A Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022 acaba de ser publicada e os dados revelam que a vida dos cristãos continua cada vez mais difícil. Hoje, mais de 360 milhões cristãos estão sujeitos à pressão e violência ao redor do mundo.
Com um aumento de 20 milhões de cristãos perseguidos em relação ao ano passado, a pesquisa ainda revela que um em cada sete cristãos em todo o mundo é perseguido.
Este ano a pesquisa que gera a LMP registrou os níveis mais altos de perseguição desde que a primeira lista foi publicada há 29 anos, e nos últimos anos tem traçado um aumento constante. A pesquisa deste ano abrange o período de 1º de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021.
Afeganistão ultrapassa Coreia do Norte e assume o topo do ranking
O Afeganistão substitui a Coreia do Norte no topo da lista após 20 anos. A violência contra cristãos no país aumentou. Ao contrário do que se possa imaginar, a perseguição a cristãos na Coreia do Norte não diminui, pelo contrário, ela também aumentou em níveis extremos
O Afeganistão é agora o lugar mais perigoso do mundo para ser cristão, de acordo com números divulgados pela Portas Abertas, em pesquisa que registra os níveis de perseguição e intolerância contra cristãos me todo o mundo.
A violência e a desestabilização contínuas nesses países parecem ter sérias consequências, já que centenas de milhares de pessoas em todo o mundo fogem de suas casas em busca de segurança.
“A ascensão do Afeganistão ao topo da Lista Mundial da Perseguição é profundamente preocupante”, diz Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas Brasil. Para ele, a queda da Coreia do Norte não quer dizer que a violência contra cristãos diminuiu no país. “É bom deixar claro que a Coreia do Norte continua com uma perseguição ao cristão em níveis extremos, mas o cenário atual do Afeganistão, fez com que os dois países se igualassem em violência, intolerância e perseguição aos cristãos”, explica Cruz.
Violência crescente, pressão implacável
O aumento da violência contra cristãos, o número de igrejas e comércios cristãos atacados, prisões, sequestros, casamentos forçados mostram uma leitura sombria e real da perseguição a cristãos que a Lista Mundial deste ano realizou. “Com grupos radicais islâmicos encorajados, nacionalismo ressurgente e a China desenvolvendo formas mais sofisticadas de perseguição digital, estamos entrando em uma nova era de diminuição dos direitos humanos. Com a liberdade religiosa fornecendo uma base para tantas outras liberdades, precisamos desesperadamente ver uma renovação do compromisso com a defesa dos direitos humanos em 2022 e um compromisso ainda maior da igreja livre da perseguição para com os nossos irmãos perseguidos.”, conclui Marco Cruz.