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quinta-feira, novembro 14, 2024

Regional de Saúde de Itabira realiza reunião técnica sobre enfrentamento da febre maculosa brasileira nos municípios da região do Médio Piracicaba

A Regional de Saúde de Itabira, por intermédio da sua Coordenação de Vigilância Epidemiológica, realizou ontem, dia 24/03, uma reunião técnica on-line sobre a Febre Maculosa Brasileira. A reunião foi direcionada aos técnicos das áreas de vigilância epidemiológica e em saúde, assistência farmacêutica e atenção primária dos 24 municípios que compõe as microrregiões de Guanhães, Itabira e João Monlevade.

A reunião técnica teve como objetivo o alinhamento das ações de controle e enfrentamento à febre maculosa na região do Médio Piracicaba, abordando os temas da pauta: Generalidades sobre o agravo, Vigilância epidemiológica da Febre Amarela Brasileira, Tratamento farmacológico e Fluxo de solicitação dos medicamentos.

O coordenador da vigilância epidemiológica, Marcelo Motta, da Regional de Saúde de Itabira, que conduziu a reunião técnica, explicou que entre os meses de abril a outubro há uma maior circulação de larvas e ninfas de carrapatos na região sudeste, tornando este período sazonal para a transmissão de febre maculosa em toda nossa região.

“O objetivo da reunião técnica foi orientar os municípios quanto as ações de enfrentamento e de vigilância, para que possam prevenir e evitar a contaminação por febre maculosa em sua localidade. E se ocorrer a contaminação, que estes municípios possam estar preparados quanto ao fluxo de encaminhamento de pacientes, solicitação de medicamentos e tratamento”, conclui o coordenador.

Durante a reunião técnica, Marcelo Motta, ressaltou a importância do serviço de saúde trabalhar de forma integrada: vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e atenção primaria, para que ocorra promoção à saúde e controle da doença.

A referência técnica em Assistência Farmacêutica, Juliana Lage Reis, da Regional de Saúde de Itabira, também participou da reunião técnica e realizou uma apresentação abordando os temas: tratamento farmacológico e fluxo de solicitação dos medicamentos.

“A partir da suspeita de Febre Maculosa Brasileira, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, não se devendo esperar a confirmação laboratorial do caso. A duração do tratamento irá depender da gravidade do caso, mas recomenda-se que ele continue até três dias após o término da febre”, esclareceu Juliana.

Sintomas da Febre Maculosa Brasileira

Segundo o coordenador da vigilância epidemiológica, Marcelo Motta, da Regional de Saúde de Itabira, os sintomas são gerais e se confundem com outras doenças, como dengue, gerando febre, dor de cabeça e dor no corpo, por este motivo requer muita atenção ao vínculo epidemiológico (local de residência, trabalho e lazer). A rede assistencial e serviços de vigilância devem estar atentos para detecção precoce de casos suspeitos. O primeiro passo é a mobilização social e educação em saúde, para que a população conheça os sintomas e os associe a um possível contato com carrapatos, estimulando as pessoas a procurarem o serviço de saúde mais próximo.

 Principais cuidados que devem ser tomados para se evitar a febre maculosa

Ao frequentar áreas propícias para a presença de carrapatos (áreas rurais, matas, cachoeiras, pasto sujo, áreas com presença de animais domésticos ou silvestres, parques, beira de rios e lagoas), devem ser tomados os seguintes cuidados:

– Utilizar repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos;

– Utilizar vestimentas longas e de cor clara, que permitem a fácil visualização dos carrapatos, além de calçados fechados e de cano longo são bastante importantes;

– Evitar sentar ou deitar em gramados nas atividades de lazer, como caminhadas, piqueniques ou pescarias;

– Examinar o corpo com frequência, tendo em vista que quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor a chance de infecção;

– Se verificada a presença de carrapatos, retirá-los com leves torções e evitando o esmagamento de seu corpo com as unhas (já que pode haver contato com a bactéria presente no animal dessa maneira);

– Manter pastos, lotes e áreas públicas sempre limpas, para evitar a proliferação de carrapatos;

– Utilizar carrapaticidas periodicamente em cães, cavalos e bois, conforme recomendações do profissional médico veterinário.

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