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sábado, novembro 23, 2024

Maternidade do Hospital Júlia Kubitschek tem previsão de R$ 340 mil em investimentos para 2022

Unidade foi referência para gestantes e mães que acabaram de dar à luz que tiveram covid ou suspeita da doença na capital

Está prevista para iniciar ainda no primeiro semestre de 2022 a revitalização de parte do ambulatório de Saúde da Mulher, no Hospital Júlia Kubitschek (HJK), da Rede Fhemig. A iniciativa integra uma série de investimentos realizados nos últimos três anos na unidade, que é referência em gestação de alto risco. Para 2022, o valor previsto em aquisições está em torno de R$ 340 mil.

O serviço – composto por ambulatório, maternidade e Casa da Gestante – recebeu, nos últimos dois anos, investimentos de mais de R$ 550 mil. Foram adquiridos dez berços para recém-nascidos, sete unidades de fototerapia (tratamento geralmente utilizado para icterícia neonatal), aparelho de ultrassonografia ginecológica e obstétrica, além de outros instrumentos, como oftalmoscópio e otoscópio.

O diretor do Complexo de Especialidades – do qual o HJK faz parte – Samar Musse Dib ressalta que os investimentos representam um reconhecimento à vocação do serviço. “Estivemos como referência para gestantes e puérperas (mães que acabaram de dar à luz) suspeitas e confirmadas para a covid-19 sem perder de vista nosso papel de referência, sobretudo para a população da região do Barreiro, já que temos essa atuação distrital e uma forte interlocução com a comunidade e a Atenção Básica”, explica.

Nascer no Barreiro

A diretora assistencial da Fhemig, Lucineia Carvalhais, reforça que o caráter distrital da assistência permitiu que a população construísse uma relação diferenciada com a unidade. “Temos sete maternidades SUS em Belo Horizonte. Delas, a única que é totalmente vocacionada para uma região é a do HJK. Os moradores do Barreiro têm uma relação de propriedade, de orgulho e de fidelidade com a maternidade”, aponta.

“Nosso pré-natal é referência para a Regional do Barreiro. São atendidas, em média, 500 pacientes por mês, portadoras de qualquer fator de risco gestacional”, contextualiza a diretora assistencial do Complexo de Especialidades, Viviane Cristina da Cunha.

Os pais de primeira viagem Daniela Medeiros Pereira da Silva e Yago Wanderley Dutra aguardam a chegada do filho Pietro. Moradores do bairro Vila Pinho, no Barreiro, frequentam o pré-natal de alto risco desde a quarta semana da gestação. “Descobri que tinha pressão alta e fui encaminhada, pelo posto de saúde, à maternidade do HJK. Além das consultas e exames, tenho acompanhamento de nutricionista e oftalmologista. O atendimento é muito bom e todos os profissionais são muito prestativos”, destaca Daniela, que está com 32 semanas de gestação. “Temos amigos e conhecidos que também tiveram bebê aqui, e isso nos traz tranquilidade e confiança”, acrescenta Yago.

O pré-natal de alto risco tem papel fundamental para a condução dos casos de pacientes com doenças crônicas prévias ou que tiveram uma gravidez anterior de alto risco, além das que identificam, no decorrer da gestação, uma condição ou doença que ofereça risco à mãe e ao bebê.

Leudmarlen Rúbia Gusmão Figueiredo é servidora do setor de Hotelaria do hospital. Moradora da região do Barreiro há mais de dez anos, teve a filha Hadassa, hoje com nove meses, na maternidade do HJK.

“Descobri, no mesmo dia, que estava com covid-19 e grávida. O médico que me examinou aconselhou que eu fizesse o pré-natal na unidade. Tive pré-eclâmpsia com 37 semanas de gestação e fui encaminhada para uma cesárea. Fiquei internada por cinco dias, por conta da pressão alta, e também porque minha filha teve icterícia. O atendimento foi muito bom. Por ser uma maternidade de alto risco, perto da minha casa, facilitou muito a rotina dos meus acompanhantes durante a internação”, conta.

Serviço especializado

Além do pré-natal de alto risco, outros serviços ambulatoriais de saúde da mulher – também ligados à assistência de média e alta complexidade – são oferecidos na unidade. O atendimento contempla ginecologia clínica e cirúrgica, infantopuberal, propedêutica do colo, puerpério patológico, infertilidade, medicina fetal, atenção neonatal, palivizumabe, atendimento à pessoa em situação de violência sexual, mastologia, terceira etapa do Método Canguru, além da realização de ultrassonografias ginecológicas e obstétricas e triagens auditivas neonatais universais.

O serviço ambulatorial no HJK funciona por encaminhamento – exceto o atendimento à violência sexual, que é por demanda espontânea. As consultas são solicitadas pelo médico da unidade básica de saúde e agendadas pela Central de Marcação de Consultas da Prefeitura de Belo Horizonte. Em 2021, foram realizados dez mil atendimentos.

“O ambulatório dispõe de ginecologista, obstetra, psicólogo, assistente social, nutricionista, fonoaudióloga, enfermeira, pediatra, neurologista, ultrassonografista e oftalmologista para garantir assistência global à mulher”, afirma a diretora assistencial, Viviane Cunha.

A maternidade do HJK conta com a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera: residência destinada às gestantes de alto risco e às mães de recém-nascidos que ainda necessitam de acompanhamento assistencial. O serviço integra, desde 2012, o Programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Em 2013, recebeu o título de Hospital Amigo da Criança – iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno.


Crédito (foto): Fhemig / Divulgação

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