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segunda-feira, setembro 23, 2024

Evento de caridade de igreja pentecostal termina com 31 mortes, incluindo mulher grávida

Um evento de caridade organizado por uma igreja pentecostal resultou em um tumulto que matou 31 pessoas, incluindo uma mulher grávida e crianças, no sul da Nigéria. As informações indicam que houve correria e as vítimas foram pisoteadas.

O evento de caridade organizado pela igreja pentecostal Kings Assembly era chamado “Shop for Free”, uma espécie de feira que tinha como principal meta levar uma mensagem de esperança aos convidados, e oferecer donativos a pessoas carentes.

O início estava programado para 9h00 do horário local, no último sábado, 28 de maio, mas muitas pessoas chegaram às 5h00 para garantir seu lugar na fila, de acordo com informações da porta-voz da Polícia Grace Iringe-Koko.

Diante da grande aglomeração, algumas pessoas arrombaram o portão do espaço onde o evento ocorreria, o que resultou em um tumulto, com pessoas sendo pisoteadas até a morte, disse Grace à agência de notícias Associated Press.

Uma testemunha, identificada apenas como Daniel declarou ter visto uma mulher grávida e “muitas crianças” entre os mortos, incluindo cinco de uma mesma mãe. Diante da tragédia, parentes das vítimas atacaram alguns membros da igreja após o pisoteamento, disse outra testemunha.

Muitas igrejas e outros grupos organizam eventos similares na Nigéria, onde mais de 80 milhões de pessoas são pobres. Essas tragédias no país aumentam o sofrimento dos cristãos, que estão sob constante ataque de grupos islâmicos, de acordo com informações do portal The Christian Post.

Caos nigeriano

No início deste mês, o grupo terrorista Estado Islâmico divulgou um vídeo mostrando a execução de cerca de 20 civis cristãos no Estado de Borno em vingança pela morte de seu líder na Síria pelas forças especiais dos Estados Unidos em fevereiro.

O vídeo, publicado em uma agência de notícias ligada ao Estado Islâmico, mostra um militante mascarado executando um civil cristão enquanto dizia que era uma vingança pelo assassinato de seu líder Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurashi, um terrorista islâmico iraquiano e o segundo “califa”. do Estado Islâmico.

Em outro ataque recente, homens armados não identificados invadiram uma paróquia católica no norte da Nigéria e sequestraram dois padres, identificados como Stephen Ojapa e Oliver Okpara, da Diocese Católica de Sokoto, e dois meninos não identificados da Igreja Católica de São Patrício, na área de Gidan Maikambo, na área do governo local de Kafur, no estado de Katsina.

Ainda neste mês de maio, extremistas muçulmanos ligados aos pastores de gado da etnia Fulani ou ao grupo terrorista Província da África Ocidental do Estado Islâmico, mataram  pelo menos oito cristãos, incluindo crianças menores de 5 anos, e feriram vários outros em um ataque no estado de Borno.

A Missão Portas Abertas, que monitora a perseguição em mais de 60 países, informou que pelo menos 4.650 cristãos foram mortos entre 1º de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, número que representa um aumento de 3.530 em relação ao ano anterior. Além disso, mais de 2.500 cristãos foram sequestrados, contra 990 um ano antes.

 

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