Democratas enfrentam dificuldades para aprovar agenda climática
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira (15) que agirá por conta própria para cortar emissões de poluentes e pediu que seus colegas democratas aprovem os poucos elementos de um pacote ambiental abrangente para os quais há acordo, após negociações no Senado desabarem mais uma vez.
Biden disse que adotará medidas não especificadas para reduzir as emissões, após o senador Joe Manchin, o único dissidente democrata, dizer que não apoiaria aumento de impostos e incentivos para reduções de emissões que ficaram parados no Congresso.
Biden pediu aos parlamentares que aprovem separadamente as disposições do pacote que têm o apoio de Manchin, como a redução dos custos dos remédios e um reforço ao programa de saúde Medicare, para pessoas acima de 65 anos.
“Se o Senado não se mexer para lidar com a crise climática e fortalecer nossa indústria doméstica de energia limpa, tomarei ações executivas fortes para corresponder a este momento”, disse Biden em comunicado.
Foi o mais recente revés para os democratas, de Biden, que têm sofrido há mais de um ano para aprovar um pacote abrangente que alocaria centenas de bilhões de dólares em incentivos para a redução de emissões, aumentaria impostos para corporações e os ricos e baixaria o preço dos remédios prescritos. As propostas para expandir programas de segurança social já foram abandonados.
Manchin representa a Virgínia Ocidental, estado produtor de carvão, e tem sido cético em relação às tentativas de lidar com as mudanças climáticas.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira/Agência Brasil