Documentos históricos citam esse local que é pesquisado desde 1800.
Representantes de um projeto de escavação disseram nesta segunda-feira (01), que arqueólogos encontraram local onde Josué bíblico viveu e foi enterrado.
De acordo com The Jerusalém Post, arqueólogos cavaram em Khibert Tibnah, na Cisjordânia, local onde humanos ficaram por 4 mil anos e que se acredita que Josué tenha passado toda a sua vida.
Liderado por Dr. Dvir Raviv, a escavação conta com a participação de estudantes do Departamento de Estudos e Arqueologia e voluntários de Israel e do exterior.
O local que está sendo escavado fica em uma colina próxima a região de Samaria, perto de Halamish. Nesse lugar, povos moraram desde a Idade do Bronze até o período Otomano.
De acordo com o Livro bíblico de Josué, esse local é identificado como Timnath-heres ou Timnath-serah, terra oferecida pelos israelitas ao profeta, onde Josué viveu e foi enterrado. Por esse motivo, há a possibilidade de o túmulo de Calebe estar lá.
Documentos históricos citam esse local que é pesquisado desde 1800. Relíquias do tempo bíblico, hasmoneu, romano e otomano, foram encontrados no lugar desde 1900.
Em 2015, Raviv fez um mapa detalhado do lugar, traçando túmulos, fragmentos, documentos, restos e cavernas que provam a existência de uma base judaica na área no passado.
A região de Khirbet Tibnah está sendo pesquisada e escavada pela primeira vez.
Os arqueólogos encontraram no local, uma lança romana do século II d.C com a ponta dobrada, indicando que havia sido usada.
“Talvez isso seja evidência de uma luta violenta. Neste ponto, só podemos adivinhar. Normalmente, achados desse tipo são descobertos em cavernas de abrigos que foram usadas pelos rebeldes do exército romano. Na escavação atual, espero poder vincular o achado a uma presença militar romana ou à rebelião de Bar Kochba,” disse Raviv em um comunicado à imprensa do Bar-Ilan.
“Esta área é a maior e mais acessível do gênero no espaço entre Jerusalém e Samaria. Além disso, é a capital de um distrito e foi um importante local fortificado durante muitos períodos. Em geral, não é óbvio que um arqueólogo israelense vá escavar na Judéia e Samaria hoje em dia. Hoje são poucos os que o fazem,” declarou ele.
Além da lança romana, encontraram cerâmicas e 18 moedas. Algumas eram moedas romanas e outras é do período mameluco Baibars.
“Meu objetivo neste projeto é entender o contorno arquitetônico do assentamento: ele é realmente fortificado como descrito nas fontes? Quem viveu lá no período pré-hasmoneu? O povoado se espalhou além do topo do monte, em direção à encosta? Vamos descobrir nele itens que possam estar ligados à presença militar em diferentes períodos? Parece que [Khirbet] Tabna espera-se que produza descobertas significativas e interessantes,” concluiu Raviv.
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