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domingo, novembro 24, 2024

Desligamentos em tecnologia: nem sempre demitir é a melhor opção

*Por Marcelo Garcia

Segundo informações divulgadas em novembro pelo site Layoffs.fyi, que mapeia as movimentações no mercado de tecnologia ao redor do mundo, mais de 120 mil colaboradores do segmento foram desligados. As demissões em massa acontecem devido a uma falha na previsão de performance do setor por parte das big techs causada pelas últimas crises econômicas. No entanto, é importante ressaltar que demitir nem sempre é a melhor alternativa para otimizar os recursos de uma empresa.

Diante de um contexto de escassez, o time deve ser valorizado. Afinal, quanto mais alinhada e estratégica estiver a equipe, mais assertivo e inovador será o seu desempenho. Consequentemente, a companhia é capaz de aumentar o nível de competitividade em relação à concorrência. Para auxiliar o empreendedor na valorização dos talentos internos, é necessário falar sobre automação.

Conhecida como Automação Robótica de Processos, a tecnologia tem o papel de automatizar tarefas repetitivas, que até então exigiam uma parcela de colaboradores para a sua execução. Inclusive, em alguns casos, pode eliminar 100% do trabalho humano. Por este motivo, a estratégia costuma ser restringida a demissão de profissionais quando na verdade visa direcionar melhor os esforços humanos enquanto aumenta o nível de performance organizacional.

Uma pesquisa realizada em abril pela plataforma Reclaim.ai identificou que apenas 12% de uma equipe é produtiva por mais de seis horas na jornada de trabalho. No caso das atividades repetitivas, a baixa produtividade acontece desde o surgimento do tédio, que leva a distrações e a desmotivação por falta de estímulos criativos. Ou seja, é natural que os colaboradores fiquem desinteressados da ocupação depois de praticar a mesma ação repetidamente.

Por sua vez, um recurso tecnológico nesse formato de trabalho, além de diminuir o período de execução das tarefas, reduz completamente as margens de erro no processo, considerando que, uma vez automatizado, o sistema seguirá os parâmetros pré-determinados, resultando também em uma diminuição do custo operacional. Já a equipe que seria delegada para essa atividade com grandes chances de baixa produtividade, pode ser realocada em demandas mais complexas, que exijam uma mentalidade estratégica.

Podemos dizer, portanto, que a iniciativa soluciona gargalos organizacionais e valoriza a equipe, sendo atualmente uma tendência que vem se consolidando em âmbito global nas organizações. Até o fim de dezembro, a expectativa da consultoria Gartner é que 90% das principais empresas ao redor do mundo estejam com processos automatizados.

Outra boa notícia é que a automação também apresenta um ótimo custo-benefício para negócios de todos os tamanhos e segmentos. Para ter uma jornada de sucesso com a tecnologia, basta olhar para a realidade corporativa interna e entender suas dores reais.

*Marcelo Garcia, CMO da MAGIT, empresa especializada em transformação digital que utiliza a tecnologia como ferramenta impulsionadora de processos e resultados 

 

 

 

mayra@markable.com.br

 

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