As restrições nas doações de sangue, impostas pela pandemia de Covid-19, que durou oficialmente até o dia 5 de maio deste ano, geraram uma grave queda no número de doadores e, consequentemente, no estoque de sangue em todo país. Itabira também foi afetada por essa realidade e tenta reverter a situação, conforme explica a coordenadora da agência transfusional do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), Izabel de Lima Castro Guerra.
O número de doadores precisa aumentar para que mais vidas sejam salvas. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, até o final do ano passado, somente 4 em cada mil habitantes doam sangue de forma regular nos hemocentros do Sistema Único de Saúde (SUS); o número está abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e dos 5% registrados em países da Europa.
Para manter os estoques adequados nos hemocentros e agências transfusionais, segundo Izabel Guerra, é necessário chamar a atenção de novos candidatos à doação de sangue. “Àqueles interessados em ajudar o HNSD, por meio de uma parceria realizada com o grupo ‘Doe Vida Itabira’, está sendo disponibilizado o transporte e o lanche aos doadores, sempre no último sábado do mês, até o Hemominas, em Belo Horizonte, onde acontecem as doações”, explica Izabel.
“A doação de sangue corresponde a um grande ato de solidariedade, que salva vidas.
Com uma doação apenas, podemos salvar até 4 vidas”, reforça.
Dia Mundial – Nesta quarta-feira (14), é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data celebra a doação e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância dessa atitude.
A auxiliar de serviços alimentares, Lidiane dos Santos Nunes, de 41 anos, definiu como uma “prova de amor” o ato de doar sangue. “Para mim é um ato de solidariedade, amor e compromisso ao próximo, é muito gratificante saber que tenho algo que pode salvar vidas e que posso compartilhar, eu amo doar sangue”, declara.
Com certeza, o sentimento de quem recebe a doação não é diferente. A policial aposentada, Luciene Raquel da Silva Mendes, 48 anos, sabe descrever o tamanho desta representação em sua vida, já que ela precisou da doação. “O sentimento é de renovação, ao saber que isso [doação de sangue] pode estar salvando a sua vida!”, disse.
Para fazer a doação é necessário:
– Levar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);
– Estar bem de saúde;
– Ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 69 anos, 11 meses e 29 dias;
– Pesar mais de 50 Kg;
– Não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.
Saiba como doar
– Entre em contato com a Agência Transfusional do HNSD pelo telefone (31) 3839-1420 para efetuar o cadastro;
– Você irá responder a algumas perguntas, como pré triagem, para ver se atende aos requisitos para doação;
– O transporte para BH e o lanche são oferecidos gratuitamente pelo HNSD;
– Você será levado ao posto de coleta, em Belo Horizonte, no Hemominas.
– A saída é da portaria do HNSD, às 5h40.
No Hemominas
– Você faz o cadastro do doador, passa pela triagem com médico e faz o teste da hemoglobina.
-Dando tudo certo, vai para a sala de coleta e fica em média 15 a 20 minutos.
-Após a doação é liberado para o lanche e retorna à Itabira no transporte oferecido pelo HNSD.
A data de doação é sempre o último sábado do mês. No mês de junho será o dia 24. Ainda dá tempo de você ser doador. Doe vida, doe sangue!