Estudo do Ministério da Saúde revela que, nos próximos anos, até 15,5% da população brasileira pode sofrer de depressão pelo menos uma vez ao longo da vida
No meio da correria do dia a dia, cheia de trabalho, estudos, interações sociais e malabarismos com o tempo, cuidar da saúde mental é extremamente importante. Para quem lida com depressão, ansiedade e estresse, isso se torna ainda mais crucial. A saúde mental é como um pilar central e ignorá-la pode levar a problemas como o desgaste emocional e a sensação de estar preso a pensamentos negativos.
Dados do último mapeamento sobre a depressão, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que 5,8% da população brasileira sofre da doença, o equivalente a 11,7 milhões de pessoas. Em seguida, aparecem Cuba (5,5%), Barbados (5,4%), Paraguai (5,2%), Bahamas (5,2%), Uruguai (5%) e Chile (5%). A nível continental, o Brasil aparece atrás apenas dos Estados Unidos, onde 5,9% da população sofre de transtornos de depressão. Um estudo epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde revela que, nos próximos anos, até 15,5% dos brasileiros podem sofrer de depressão pelo menos uma vez ao longo da vida.
A psicóloga Ivana Teles, da Hapvida NotreDame Intermédica, dá algumas dicas de prevenção para manter o bem-estar. A primeira é a criação de uma rotina, pois ela “é como um alicerce para a nossa saúde mental. Ao delimitarmos nosso tempo para o autocuidado, estamos construindo um suporte sólido para enfrentar os desafios do dia a dia”, explica.
Ela enfatiza a necessidade de preservar o sono, praticar esportes e reduzir o uso de aparelhos eletrônicos (como celulares, tablets e TVs) e ressalta que essas práticas contribuem, não apenas para o corpo, mas também para a mente. “O sono preservado não é apenas uma questão de descanso, é uma salvaguarda para nossa saúde. A privação do repouso afeta não só nossa disposição, mas também nossa saúde física e mental, impactando nossos relacionamentos”, alerta.
Ivana Teles enfatiza que os benefícios da prática esportiva vão além do físico. “Ela é um meio de descarregar as tensões do cotidiano, proporcionando alívio emocional, além da produção de neurotransmissores que contribuem para nosso bem-estar e prazer. Já a redução do tempo de tela de eletrônicos é uma forma de resgatar nossa conexão com o presente, evitando o vício virtual que pode levar a um aumento da ansiedade e da irritação. É essencial buscar o equilíbrio nesse aspecto”.
A psicóloga pontua a necessidade da campanha Janeiro Branco para conscientizar a sociedade sobre os cuidados com a saúde mental. “No entanto, entendemos que nem sempre as dicas trazidas na campanha são suficientes. É por isso que recomendamos a todos que tenham algum sintoma de ansiedade, depressão, estresse, entre outros sinais que se enquadrem em transtornos mentais a procurarem um profissional especializado, como psicólogos e psiquiatras. Esse é um ato de amor próprio e autocuidado”, ressalta.
Lorraine Souza
Assessora de imprensa
lorraine@interfacecomunicacao.