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Itabira
terça-feira, novembro 26, 2024

Equipe técnica discute plano de ação para diminuir os efeitos das ações humanas na qualidade da água no Parque da Água Santa

Lançamento irregular de esgoto é o principal problema, plano inclui
ações de saneamento e educação ambiental

A equipe técnica formada pelos professores doutores Marcelo Libânio e
Uende Gomes, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e por
servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal
(Semapa) e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira, se
reuniu para discutir estratégias de recuperação do Córrego da Água
Santa.

Durante o encontro, realizado na segunda-feira (25), na Semapa, foi
apresentado um diagnóstico preocupante: a água do córrego contém níveis
elevados de poluentes microbiológicos, que ultrapassam os limites
estabelecidos pela legislação ambiental. A principal fonte de
contaminação é o lançamento irregular de esgotos sanitários.

Diante desse cenário, os especialistas propuseram um plano de ação
integrado que combina melhorias no saneamento básico com iniciativas de
educação ambiental. Entre as medidas sugeridas estão a identificação das
principais fontes de poluição; construção de fossas sépticas; instalação
de rede de esgoto adequada; monitoramento da água, inclusive no período
chuvoso; e atividades de conscientização em escolas municipais para
engajar a comunidade na preservação das águas urbanas.

“O lançamento irregular de esgotos e outros efluentes no Córrego da Água
Santa tem causado sérios prejuízos à saúde pública, à biodiversidade e
ao equilíbrio do ecossistema local. O plano busca não apenas solucionar
os problemas técnicos, mas também promover práticas sustentáveis que
assegurem a preservação do Parque da Água Santa e de sua importância
para a população itabirana”, disse a professora doutora, Uende Gomes.

Parque da Água Santa

Com uma área verde de aproximadamente 12 mil m², o Parque da Água Santa
está localizado em um ponto central da cidade, na rua Joaquim Morais de
Brito, 43, Vila Senhora de Fátima, ao lado da rodoviária. O local abriga
o Poço da Água Santa, uma queda d’água que tem um grande valor
histórico, estando, inclusive no hino de Itabira. O poço é famoso por
suas águas térmicas que brotam de fraturas de rochas ou falhas
geológicas de grande profundidades.

O parque faz parte do Museu de Território Caminhos Drummondianos, com o
poema “Banho”, de Carlos Drummond de Andrade. No espaço também estão
instalados teatros de arena, bancos para descanso e outros equipamentos
de lazer.

“O Parque da Água Santa é um patrimônio natural, cultural e histórico,
acessível e com forte potencial para trazer à agenda pública temas
centrais para o desenvolvimento de Itabira. Carlos Drummond de Andrade
já cunhou: ‘A tarde não cai na Água Santa. Ela pousa na sombra da
gameleira’. Também a mestra Vitalina de São José, compositora do hino de
Itabira, descreveu: ‘Tem o poço d’Água Santa; E as fontes do Pará; Quem
de suas águas bebe; Não se esquece mais de lá”, finalizou Uende Gomes.

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