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quarta-feira, novembro 27, 2024

Programa Miguilim, do Governo de Minas, amplia acesso à saúde ocular de crianças e adolescentes

Com investimento de mais de R$ 21 milhões, 769 municípios aderiram ao programa

 

Miguilim era um garoto do sertão que não entendia o universo dos adultos. Mas ele viveu uma reviravolta ao receber um par de óculos, que o fez enxergar o mundo de forma inédita.

Para que as crianças e adolescentes mineiros também possam ver o mundo com todas as suas formas e cores, o Governo de Minas, por meio das Secretarias de Estado de Saúde (SES-MG) e de Educação (SEE-MG), criou o Programa Miguilim, que leva triagens oculares às escolas públicas para estudantes de 5 a 18 anos.

As triagens são realizadas por professores capacitados que utilizam o Teste de Snellen. Caso seja identificada alguma alteração, os alunos são encaminhados para a Atenção Primária e, em seguida, para consultas na Atenção Especializada.

Além do diagnóstico, o programa oferece óculos para quem precisa. A meta é realizar 107.394 consultas e fornecer 32.259 óculos, com um investimento superior a R$ 21 milhões, abrangendo os 769 municípios que aderiram ao Miguilim.

O vice-governador de Minas Gerais ressalta a importância do programa para o diagnóstico precoce dos alunos dentro das salas de aula.

“O Miguilim possibilita, de forma rápida e eficaz, a identificação de alguma doença visual na criança ou adolescente. E, com o programa, o Governo de Minas garante o tratamento definitivo e o acompanhamento daquele estudante, que poderá seguir seu aproveitamento escolar da melhor maneira”, explica Professor Mateus.

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, destaca que o programa contribui para reduzir os vazios assistenciais em oftalmologia. “Identificar problemas visuais logo na infância é crucial para o aprendizado, a socialização e a qualidade visual na vida adulta”, pontua.

“Já estamos colhendo resultados muito positivos, com crianças e adolescentes, desde a educação básica até o ensino médio, sendo triados, encaminhados, recebendo os óculos e melhorando o desempenho escolar”, afirma.

Para Igor de Alvarenga, secretário de Estado de Educação, o programa reforça o compromisso do Governo de Minas com o cuidado integral dos estudantes da rede estadual.

“Integramos saúde e educação para prevenir a evasão escolar e garantir que nossos alunos tenham as condições necessárias para desenvolver todo o seu potencial”, ressalta.

“Essa iniciativa reflete o esforço coletivo das Secretarias de Saúde e Educação em promover políticas públicas transformadoras em Minas Gerais”, afirma Igor de Alvarenga.

Um olhar que faz a diferença

Histórias como a de Sophia, de 10 anos, em Sacramento, ilustram a importância do programa. Antes dos óculos, ela se queixava de dores de cabeça e dificuldade para estudar.

“Ela passou pela triagem na escola, foi encaminhada para o oftalmologista e então recebeu os óculos. Desde então, já percebemos a melhora dela na escola e nas atividades diárias, tanto em casa quanto na realização das atividades escolares, e estamos muito felizes ”, comemora o pai, Leonardo Bernardes.

Rosilene Carvalho, professora de São Sebastião do Maranhão, reforça que o treinamento recebido pelo Miguilim capacita os educadores a identificar precocemente problemas de visão, impactando positivamente o ensino-aprendizagem.

“Com melhor visão, os alunos aprendem mais, têm desempenho superior em provas e aprendizado mais efetivo”, conclui.

Rede de cuidados ampliada

Além do Miguilim, o Governo de Minas está estruturando a Rede de Atenção Oftalmológica, que vai ampliar o acesso a consultas, tratamentos e cirurgias, com orçamento de R$ 67 milhões para o seu cofinanciamento.

A Política Estadual de Oftalmologia assegura que toda criança tenha sua primeira consulta oftalmológica no primeiro ano de vida. A rede também inclui cuidados para glaucoma, câncer e catarata, além da reabilitação visual, oferecendo suporte especializado para pessoas com deficiência.

Os Centros Especializados em Reabilitação (CER) são fundamentais nesse processo. Em Minas Gerais, 18 serviços oferecem suporte a diversas modalidades de reabilitação, como visual, auditiva e física, assegurando um atendimento integral.

Saúde auditiva integrada

O Miguilim também vai atuar na detecção de problemas auditivos na rede pública de ensino, com recursos na ordem de R$ 14 milhões, destinados à estruturação dos serviços e realização de exames e consultas especializadas.

Esse eixo está em fase de implantação e, até agora, 83 Serviços de Saúde Auditiva na Infância, de 72 microrregiões do estado, já aderiram ao programa.

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