Uma história de mais de 100 anos, quando somente homens atuavam em minas subterrâneas no Centro-Oeste do Brasil, ganhou um novo capítulo. Uma mina da Vale, localizada no Mato Grosso do Sul, recebeu, em junho, as primeiras mulheres para trabalharem no local. Esta é a única mina subterrânea em que a empresa opera no Brasil e, agora, fica marcada pelo importante papel na busca pela equidade de gênero.
Evanielly Heredia e Laura Castedo personificam o objetivo da empresa de dobrar a força de trabalho feminina no Brasil até 2030. O compromisso foi lembrado pela diretora global de Pessoas, Marina Quental, em um evento sobre o papel da mulher na mineração. Marina criticou a ideia de que determinadas atividades da ponta seriam “pesadas” demais para a força de trabalho feminina.
Para Evanielly, a chegada à mina foi sinônimo de alegria. “Estou muito feliz. É como um sonho se realizando. Sempre quis conquistar um espaço no mercado de trabalho onde pudesse deixar meu nome marcado. Sinto que agora essa vontade está se concretizando”, conta a operadora de Equipamentos Móveis Subsolo.
Para Laura, a experiência remete à história de sua própria família. “Meu pai trabalhou nessa mina durante 25 anos e se aposentou na empresa. Ele foi um dos grandes incentivos para eu estar aqui hoje. Poder seguir os passos dele e ainda fazer parte dessa mudança é muito mais do que eu poderia imaginar”.
O gerente-executivo das Operações Centro-Oeste, Romulo Rovetta, diz que Laura e Evanielly estão inseridas em um movimento crescente. “Elas fazem parte do início dessa mudança aqui no Mato Grosso do Sul. Temos a expectativa de inserir um número maior de mulheres em nossas operações até o final do ano. Estamos determinados a promover uma maior igualdade de oportunidade entre homens e mulheres na indústria de mineração”.
Conheça mais sobre minas subterrâneas
A lavra subterrânea é a exploração mineral na qual as operações de extração dos corpos mineralizados são realizadas no subsolo. Para acessar os corpos são feitas perfurações de túneis, conhecidos como galerias.
No Brasil, a substância mineral mais explorada nas minas subterrâneas é o ouro. Os métodos e processos utilizados na produção das minas subterrâneas brasileiras são modernos, estando próximos, em termos de segurança e métodos de lavra, aos países de referência, como Suécia, Canadá e Austrália.
A nona mina mais profunda do mundo – e também a mais profunda quando se trata de níquel – está em Sudbury, Ontario, no Canadá, e é operada pela Vale. Seu nome é Creighton Mine. Este ano o local foi palco de uma quebra de recorde: recebeu o show mais profundo do mundo.
Você sabia?
A rainha Elizabeth foi a primeira mulher a entrar em uma mina subterrânea. Isso aconteceu em 1939, quando estava em viagem com seu marido, rei George VI, por várias cidades do Canadá, entre elas Sudbury (local onde a Vale possui outra mina subterrânea).
A parada final programada em Sudbury foi uma visita à Frood Mine. O rei e a rainha vestiram o traje de mineração apropriado e desceram em um pequeno elevador, mergulhando nas profundezas da mina de niquel a 1.500 pés / minuto. Por causa da visita da rainha à mina, as operações no subsolo foram interrompidas por alguns meses, pois as pessoas da época acreditavam que era uma má sorte trazer uma mulher para o subsolo.
Fonte: Vale