Pedido foi feito junto ao Hospital Nossa Senhora das Dores, que administra o PS, neste domingo (24)
A Prefeitura de Itabira divulgou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) solicitou ao Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) que afaste, preventivamente, o médico acusado de omissão de atendimento no Pronto-Socorro Municipal. O pedido foi feito neste domingo (24) à instituição que administra o PS.
A acusação foi registrada na madrugada do sábado (23), quando o solicitante acionou a Polícia Militar, alegando que houve omissão de atendimento ao filho de um ano. O médico chegou a ser encaminhado a um posto policial, onde disse que foi intimidado pelo pai da criança, o que a família nega.
Em comunicado neste sábado, o HNSD, enquanto administrador do Pronto-Socorro, informou que instaurou rigorosa apuração sobre o caso. Ao mesmo tempo, também vão caminhar os protocolos formais da Polícia Militar. Tendo em vista esses dois procedimentos, a Secretaria Municipal de Saúde avalia ser prudente o imediato afastamento enquanto durarem as investigações. O próprio profissional já foi comunicado da decisão.
A Secretaria Municipal de Saúde reafirma seu compromisso de construir em Itabira uma saúde pública assertiva e resolutiva, em todas suas camadas, mas, especialmente, no atendimento primário e de urgência e emergência. Isso inclui, obviamente, melhorias nos protocolos de atendimento e frequente qualificação de todos os profissionais envolvidos.
A Secretaria também reitera sua consideração com todos os profissionais da saúde e deseja que os mesmos trabalhem em um ambiente de respeito mútuo com todos os usuários do sistema.
Os fatos
Segundo noticiou o site Notíciais Uai O fato aconteceu na madrugada deste sábado, 23 de abril, quando um casal foi levar o filho de apenas 1 ano de idade no Pronto Socorro Municipal de Itabira.
Segundo os familiares da criança, eles chegaram no pronto-socorro por volta das 3 horas pedindo atendimento para o menino, que chorava muito com ferimentos na boca.
O pai relatou que chegou e ficou esperando por atendimento e por volta das 4 horas perguntou para as recepcionistas se o médico não iria atender. Segundo ele, as atendentes informaram que o médico estava fazendo atendimento interno.
Diante das informações passadas pelas recepcionistas, o homem desconfiou e foi até o consultório. Chegando lá, se deparou com o médico usando o computador.
O pai disse que perguntou ao profissional da saúde se daria para atender o filho dele e que, em tom ríspido, o médico respondeu: “tenho até duas horas para atender a criança”.
Desesperado pelo socorro a criança, o pai então disse: “vou esperar uns dez minutos”. De acordo com ele, o médico ficou irritado e disse que não iria mais atender o menino.
Segundo relatos, pouco minutos depois o nome da criança apareceu no painel de chamada. Para evitar transtornos ainda maiores, a mãe entrou com o filho no consultório. Ao avistar o menino, o médico foi novamente agressivo e alterado, dizendo que não iria atender ele e que não adiantaria as argumentações da mãe.
Em pânico, os familiares acionaram a Polícia Militar. Na presença dos militares, o médico repetiu da mesma forma que não iria atender a criança e disse que se sentiu ameaçado pelo pai.