A defesa aponta irregularidades na condução do processo e fala de perseguição religiosa.
Flordelis é acusada de ser a autora intelectual da trama que culminou na morte do seu esposo, o pastor Anderson do Carmo. A ex-deputada também é pastora evangélica e foi uma cantora gospel bem sucedida, com um contrato que durou anos na maior gravadora gospel do país, a MK.
Ela entrou na política em 2018, apadrinhada pelo ex-senador e dono da MK, Arolde de Oliveira, que faleceu em decorrência da Covid-19.
Nas redes sociais da cantora e pastora, foi divulgado na segunda (2) um vídeo da defesa com algumas explicações da defesa:
“Fica claro, ao observarmos com atenção, que as acusações contra Flordelis são motivadas por interesses pessoais, acordos estratégicos que visam abrandar penas e rivalidade religiosa.
A total falta de provas e esta coleção de acusações baseadas em ACHISMOS só comprova que Flordelis está sendo alvo de um oportunismo manchado pela ganancia e pela desonestidade.
Felizmente, todas essas mentiras e articulações não passam de um castelo de areia destinado a ruir quando a verdade molhar suas bases frágeis.
“Nós estamos investigando algo bastante grave que aconteceu na semana passada. Foi uma reunião a portas fechadas entre a juíza presidente do tribunal do júri de Niterói junto com os potenciais jurados que julgarão a deputada”, disse Faucz, durante coletiva.
A reunião citada teria acontecido em 25 de abril, segundo a defesa: “Isso viola os pressupostas da jurisdição, os princípios constitucionais, principalmente os de Flordelis”, reforçou o advogado.
Durante a coletiva, Faucz relatou que, quando tomou conhecimento do encontro, mandou advogados até lá, que teriam sido impedidos de entrar: “Hoje, nós vamos entrar com um pedido de desaforamento para que o processo saia da comarca de Niterói e seja julgado no Rio. O principal motivo é a contaminação que os jurados tiveram nessa reunião”.