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sábado, novembro 23, 2024

OMS: Principais casos de varíola são em homens homossexuais

Diretor-geral da entidade alerta para que não haja “estigma contra um grupo específico”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) contabiliza mais de mil casos confirmados de varíola dos macacos em 29 países onde a doença não é endêmica. Em coletiva de imprensa, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta-feira (8) que a enfermidade têm sido registrada principalmente, mas não apenas, em homens que mantêm relações sexuais com outros homens.

Ainda assim, Adhanom alertou que todas as pessoas estão suscetíveis e governos devem trabalhar para evitar o estigma contra um grupo específico.

Tedros Adhanom explicou que o repentino surgimento de casos sugere que o vírus já circulava por algum tempo.

– É um reflexo infeliz do mundo em que vivemos que a comunidade internacional só agora esteja prestando atenção à varíola do macaco porque ela apareceu em países de alta renda – criticou.

Segundo ele, há o perigo real de que o patógeno continue aparecendo.

– A OMS está particularmente preocupada com os riscos desse vírus para grupos vulneráveis, incluindo crianças e mulheres grávidas – disse.

O diretor-geral acrescentou que a organização não recomenda a vacinação em massa contra a varíola dos macacos.

– Nos poucos lugares onde as vacinas estão disponíveis, elas estão sendo usadas para proteger aqueles que podem estar expostos, como trabalhadores de saúde e pessoal de laboratório – explicou.

Tedros Adhanom orientou que as pessoas diagnosticadas com a doença se isolem e procurem profissionais de saúde. De acordo com ele, já há antivirais disponíveis, mas a oferta é limitada.

CORONAVÍRUS
Adhanom também disse, nesta quarta, que os números de casos e mortes por Covid-19 seguem em queda, mas alertou que a crise sanitária provocada pela doença ainda está em curso.

– A percepção de que pandemia acabou é compreensível, mas enganosa – afirmou, durante a coletiva de imprensa.

O diretor-geral da OMS chamou atenção para as disparidades no acesso global a vacinas contra o vírus. Segundo ele, o problema não é de falta de oferta, mas sim de demanda reduzida em alguns países.

– Sessenta e oito países ainda não atingiram meta de vacinar 40% da população – pontuou.

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