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domingo, novembro 24, 2024

Evento debate relação entre língua, Estado e democracia

Um dos objetivos é discutir como promover a inclusão de pessoas que não dominam a linguagem padrão.

Língua, Estado e democracia é o título de Debate Público que será realizado pela Comissão de Redação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (13/6/22), a partir das 9 horas, no Auditório José Alencar. Durante o evento, acadêmicos de diversos estados brasileiros e parlamentares debaterão o tema “Redação: abordagem do Estado e democracia linguística”
Autor do requerimento para a realização do evento e presidente da Comissão de Redação, o deputado Virgílio Guimarães (PT) diz que a intenção é debater as diversas maneiras como a linguagem e a redação influenciam a vida do povo. “É preciso incorporar a linguagem no conceito de inclusão. A humilhação pelo uso da forma popular da língua ainda é um instrumento frequente de exclusão”, afirmou o parlamentar.

O debate irá se desdobrar em diversas questões, tais como a relação entre a língua oficial e as formas populares de expressão, as tensões entre a gramática e a cidadania, o modo como o Estado pensa e escreve as suas normas, a diversidade das línguas no País e a responsabilidade do Estado na defesa dessa riqueza.

Trata-se de uma iniciativa pioneira da Comissão de Redação, que na Assembleia de Minas é o órgão que detém a competência e a responsabilidade direta de discutir as questões envolvendo a língua portuguesa e o Estado democrático.

O evento foi organizado em três mesas de debate, que abordarão os seguintes subtemas:

  • Língua portuguesa, educação e poder: conflitos e preconceitos;
  • A língua do Estado: entre a gramática e a democracia;
  • e Diversidade linguística e políticas da língua: qual é o papel do Estado?.

HOMENAGEM

De acordo com o deputado Virgílio Guimarães, o evento também será uma oportunidade para se prestar uma homenagem ao ex-parlamentar Abgar de Castro Renault, que integrou a décima legislatura (1927-1930) na Assembleia de Minas. Político, escritor e acadêmico, Abgar Renault foi membro tanto da Academia Mineira de Letras (AML) quanto da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Como escritor, na década de 20, Abgar Renault participou do movimento modernista ao lado de intelectuais mineiros como Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava. Na década de 40, representou o Brasil em congressos internacionais que levaram à criação da Unesco, órgão das Nações Unidas para educação e cultura. Ministro da Educação e Cultura durante a presidência de Nereu Ramos (11/11/55 a 31/1/56), Abgar Renault foi também ministro do Tribunal de Contas da União, órgão que presidiu entre 1970 e 1973.

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