Um dos objetivos é discutir como promover a inclusão de pessoas que não dominam a linguagem padrão.
O debate irá se desdobrar em diversas questões, tais como a relação entre a língua oficial e as formas populares de expressão, as tensões entre a gramática e a cidadania, o modo como o Estado pensa e escreve as suas normas, a diversidade das línguas no País e a responsabilidade do Estado na defesa dessa riqueza.
Trata-se de uma iniciativa pioneira da Comissão de Redação, que na Assembleia de Minas é o órgão que detém a competência e a responsabilidade direta de discutir as questões envolvendo a língua portuguesa e o Estado democrático.
O evento foi organizado em três mesas de debate, que abordarão os seguintes subtemas:
- Língua portuguesa, educação e poder: conflitos e preconceitos;
- A língua do Estado: entre a gramática e a democracia;
- e Diversidade linguística e políticas da língua: qual é o papel do Estado?.
HOMENAGEM
De acordo com o deputado Virgílio Guimarães, o evento também será uma oportunidade para se prestar uma homenagem ao ex-parlamentar Abgar de Castro Renault, que integrou a décima legislatura (1927-1930) na Assembleia de Minas. Político, escritor e acadêmico, Abgar Renault foi membro tanto da Academia Mineira de Letras (AML) quanto da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Como escritor, na década de 20, Abgar Renault participou do movimento modernista ao lado de intelectuais mineiros como Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava. Na década de 40, representou o Brasil em congressos internacionais que levaram à criação da Unesco, órgão das Nações Unidas para educação e cultura. Ministro da Educação e Cultura durante a presidência de Nereu Ramos (11/11/55 a 31/1/56), Abgar Renault foi também ministro do Tribunal de Contas da União, órgão que presidiu entre 1970 e 1973.