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domingo, setembro 22, 2024

Bolsonaro fala de liberdade religiosa a cristãos em Assembleia da ONU

Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU o presidente Jair Bolsonaro apela às autoridades internacionais que atentem à liberdade religiosa e combatam à “cristofobia”

Em um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira (22/09), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil é um país “cristão, conservador e tem na família a sua base”, embora a Constituição estabeleça que o país é laico e secular. Ele também fez um “apelo” à comunidade internacional “pela liberdade religiosa e combate à cristofobia.”

A fala de Bolsonaro é um aceno a sua base eleitoral evangélica. Esse segmento religioso, que representa 30% da população, é hoje uma das principais forças políticas do país e sua bancada representa cerca de 20% da Câmara dos Deputados.

Dentro das esferas evangélicas, o termo cristofobia tem sido usado para se referir a perseguições sofridas por adeptos do cristianismo em diversos países, principalmente em locais onde eles são minoria. Há inúmeros relatos de prisões, violência e assassinatos de cristãos na Ásia, em países do Oriente Médio e da África.

Porém, no Brasil, a chamada cristofobia também tem sido usada para se referir a episódios de preconceito e discriminação contra evangélicos, embora não exista no país um sistema estruturado de perseguição violenta contra esse setor religioso.

A intolerância religiosa, o extremismo religioso e a violência contra cristãos acontecem diariamente e afeta a mais de 260 milhões de cristãos no mundo.

Para o Secretário-geral da Portas Abertas Brasil, Marco Cruz, suscitar esse tema diante de autoridades mundiais em uma Assembleia da ONU apenas destaca a urgência em se tratar este assunto como prioridade em comunidades que se preocupam com as liberdades humanas e com ações humanitárias emergentes.

“Em diversos países do Oriente Médio a perseguição aos cristãos acontece constante e sistematicamente. Esperamos que o assunto levantado diante de tantas nações possa trazer o foco de ações efetivas para manutenção e garantia de liberdades para todos (principalmente a cristãos) nesses países e que os acordos de paz travados ente eles possam também se atentar à causa do cristão perseguido nesses países e nos mais de 70 em que a perseguição a cristãos acontece diariamente”, afirma Cruz.

Entre os países citados por Bolsonaro em acordos de paz no Oriente Médio, estão os Emirados Árabes Unidos, que configura em 47º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020, e o Bahrein que está em 59º lugar na Lista de Países em Observação. A Lista Mundial da Perseguição classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo e mais 23 países também perseguem cristãos, em nível mais baixo que os demais.

Gospel Prime
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