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terça-feira, setembro 24, 2024

Gonçalves Dias pede demissão do GSI

Pedido de afastamento já foi acatado pelo presidente Lula

O general Gonçalves Dias pediu afastamento do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República nesta quarta-feira (19). Segundo a Secretaria de Comunicação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já aceitou o pedido de demissão.

A situação da permanência do general da reserva no cargo se tornou insustentável para o governo depois que imagens internas do Palácio do Planalto, divulgadas pela CNN Brasil mais cedo, mostram o militar da reserva do Exército brasileiro circulando em andares do Palácio do Planalto em meio aos invasores.

Imagem retirada de redes sociais/youtube.

Ele circula por um corredor do Palácio e, em determinado momento, cruza com invasores e chega a indicar uma porta para saída de emergência. Outros agentes do GSI também aparecem nas imagens. Em nota, o governo federal diz que o governo havia sido recém-empossado durante os atos de 8 de janeiro e que havia “muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior” e que foram afastados nos dias subsequentes.

Gonçalves Dias havia sido convocado para participar de uma audiência pública na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados mas, depois que as imagens vazaram, apresentou um atestado médico para não comparecer à reunião. O colegiado marcou uma nova sessão para ouvir o ministro, na próxima quinta-feira (26).

 

A divulgação das imagens deu força para um pedido de deputados e senadores da oposição ao governo federal, que articulam a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o que eles chamam de “omissão” do governo federal durante os atos de 8 de janeiro.

General da reserva, Gonçalves Dias é o primeiro ministro a deixar o governo no terceiro mandato de Lula.

Em nota, o GSI esclareceu que as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança para evacuar o quarto e o terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após a chegada de reforços do pelotão de choque da Polícia Militar do Distrito Federal, os golpistas foram presos.

“Quanto às afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores do Palácio do Planalto, informa-se que as condutas de agentes públicos do GSI envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa instaurada no âmbito deste Ministério e se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados”, diz o gabinete, em nota.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República, também em nota, afirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

Edição: Lílian Beraldo/Ag. Brasil

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