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domingo, novembro 17, 2024

Governo de Minas firma mais uma parceria para gerar empregos, renda e desenvolvimento no Vale do Lítio

Acordo com a MG LIT prevê aporte de R$ 750 mi da empresa para a operação na região do Jequitinhonha. Estado trabalha para transformar realidade local com avanços sociais e econômicos

O Governo de Minas Gerais e a empresa MG LIT (Lithium Ionic) acabam de firmar protocolo de intenções para a geração de mais de mil empregos diretos, além dos indiretos, na região do Vale do Jequitinhonha. Os investimentos – da ordem de R$ 750 milhões – fazem parte do propósito de desenvolvimento do Vale do Lítio e, principalmente, de transformação para a realidade dos mineiros que vivem na região.

A empresa irá atuar na extração de lítio nos municípios de Araçuaí, Itinga e Salinas. Em reunião na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, com diretores da MG LIT, da Invest Minas e o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, o governador destacou a importância do projeto.

“A cada dia que passa, estamos fazendo o Vale do Lítio se tornar algo concreto. E, hoje, demos um passo muito importante para isso. Queremos dar emprego digno para os mineiros. Estamos dando todo o apoio a esse projeto, sem burocracias e seguindo rigorosamente a legislação ambiental. O Vale do Jequitinhonha será e – já começa a ser – o Vale da Esperança”, disse o governador.

O presidente da MG LIT, Hélio Diniz, ressaltou os impactos sociais e econômicos do projeto para a região, o que também vai elevar a empregabilidade no estado. “O futuro é bem promissor. Acreditamos muito no potencial da região, que é enorme. Estamos bastante animados e queremos começar a trabalhar o mais rápido possível”, disse.

A expectativa é que a MG LIT comece a operar em 2025. A empresa já começou a investir no estado e, até o final do ano, devem ser contabilizados cerca de R$ 160 milhões em recursos aplicados em Minas Gerais. No total, a previsão é que sejam direcionados mais de R$ 750 milhões pela MG LIT.

Parceria

A parceria do Governo de Minas com as empresas que querem investir no Vale do Lítio vai além da extração. É fundamental, nesse processo, que as companhias apresentem ações sociais, como apoio as mulheres empreendedoras, estradas e infraestrutura, conforme recomendação do governador.

“Algumas empresas já estão investindo para melhorias das estradas e pontes. Já solicitamos também que elas contribuam para o Aeroporto de Araçuaí, para que o município possa receber voos regulares”, afirmou Romeu Zema.

Transformação

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, reforçou o objetivo, que já toma forma, de tornar o Vale do Lítio um celeiro de desenvolvimento, transformação social e geração de empregos. “As famílias que moram na região vão sentir a transformação econômica e social que nós vamos fazer”, pontuou o secretário.

As mudanças já são percebidas, por exemplo, pela população de Itinga, com o aquecimento de alguns setores.

“A região melhorou muito para emprego, tem muito dinheiro correndo”, contou o caminhoneiro José Libério Corregozinho, que percorre a região há cerca de 20 anos. Desde então, ele já viu as estradas, outrora abandonadas, começarem a ser resgatadas para escoamento da produção. José só ‘lamenta’ não encontrar mais mão de obra ao precisar de ajuda em Itinga.

“Trabalho com descarga de mercadorias e, hoje, não acho mais ninguém para trabalhar porque todo mundo que quer já está trabalhando. Mas está bom, porque o que interessa é que o dinheiro está correndo. É o progresso, tem que ter nessa região que é muito pobre”, destacou.

MG LIT

A MG LIT (Lithium Ionic) é uma empresa de mineração canadense com foco em lítio. Atua na aquisição, exploração e desenvolvimento de propriedades de lítio no Brasil com o objetivo de gerar valor de longo prazo para seus acionistas por meio da descoberta e potencial extração futura de lítio, um mineral que está alimentando a revolução verde.

Vale do Lítio

O Vale do Lítio é formado por 14 cidades: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro.

Esses municípios abrigam a maior reserva nacional de lítio. O mineral é utilizado em diversas aplicações, sendo a mais comum a fabricação de baterias de longa duração, que equipam veículos elétricos e aparelhos eletroeletrônicos. Por isso, será um item bastante demandado nos próximos anos pela indústria, de forma geral.

Até o momento, segundo informações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), já foram atraídos quatro grandes projetos de investimentos e desenvolvimento para o Vale do Lítio. Com as confirmações, estão previstos cerca de R$ 5 bilhões em recursos que serão direcionados a Minas, com expectativa de chegar a R$ 30 bilhões até 2030. Os quatro empreendimentos firmados projetam mais de 3,7 mil postos de trabalho na região.

Fonte: Agência Minas

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