Capacitação de profissionais e atividades inovadoras integram ações replicadas na capital e no interior
Em Minas, a educação inclusiva integra políticas públicas da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), que conta com 47 unidades do Centro de Referência em Educação Especial Inclusiva (Crei).
O órgão capacita profissionais, facilita a inclusão de estudantes públicos da educação especial e oferece uma educação equitativa no estado.
Esses centros oferecem formações continuadas aos profissionais da rede estadual de ensino, buscando fornecer conhecimentos específicos para aqueles que lidam com estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Altas Habilidades/Superdotação matriculados nas escolas comuns da rede estadual.
Por meio desses órgãos, o Governo de Minas promove ações pela educação inclusiva no estado. São, aproximadamente, 1.480 salas de recursos multifuncionais para atender esse público.
“É fundamental investirmos na capacitação de toda a rede estadual de ensino, a fim de desenvolver estratégias eficazes e garantir um acompanhamento adequado no progresso de cada estudante da educação especial e inclusiva”, comenta a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica da SEE/MG, Kellen Silva Senra.
Além das capacitações, os Creis oferecem orientações às escolas para garantir um atendimento adequado aos estudantes públicos da educação especial, auxiliam na produção de materiais didáticos acessíveis, orientam sobre a construção de recursos de acessibilidade curricular e promovem ações ara eliminar barreiras atitudinais na comunidade escolar.
Atualmente, o Estado conta com um Crei em cada uma das 47 Superintendências Regional de Ensino (SRE), que trabalham em conjunto com os Centros de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) e os Centros de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa com Surdez (CAS).
Ações de capacitação e inclusão
Durante todo o ano letivo, diversas iniciativas são implementadas para atender às necessidades dos estudantes públicos da educação especial, incluindo formações continuadas, reuniões de orientação, oficinas pedagógicas e diálogos com os profissionais.
Em Ituiutaba, a SRE, por meio do Serviço de Apoio à Inclusão e do Crei, promove uma série de atividades destinadas aos professores regentes, como reuniões, oficinas, palestras, lives e cursos, com o objetivo de prepará-los para um ambiente acolhedor e inclusivo.
“Esses encontros são momentos de trocas de experiência, de disseminação de informações e de preparação das equipes escolares realizarem um trabalho acolhedor, que prima pelas potencialidades dos nossos estudantes público da educação especial”, afirma a coordenadora do Crei Ituiutaba, Katiuce Araujo.
“Com essas ações, que ainda estão apenas no começo, visamos a melhoria da inclusão no nosso estado, favorecendo a aprendizagem dos estudantes públicos da educação especial”, completa a coordenadora.
Iniciativas
No Crei Pará de Minas, uma atividade inovadora de aprendizado da tabuada foi implementada, onde as linhas da tabuada são representadas em tiras de tecido e papelão grosso, organizadas de forma a criar uma grade.
Os estudantes são desafiados a cruzar as linhas correspondentes aos fatores da tabuada solicitada, como, por exemplo, 7×5, e contar os pontos de interseção na parte frontal do suporte, que revelam o resultado correto.
Essa abordagem envolvente e tátil permite aos estudantes identificar as interseções das linhas como os resultados da tabuada, transformando o aprendizado em uma experiência lúdica e desafiadora.
Uma outra ação significativa ocorreu nos dias 12 e 13/4, quando a Fundação Helena Antipoff (FHA) e a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), instituições vinculadas à SEE/MG, promoveram o 1º Colóquio em Educação Inclusiva com o tema “Os Desafios da Educação Inclusiva”.
O evento teve como objetivo discutir e refletir sobre os obstáculos enfrentados na busca por soluções e estratégias que garantam uma educação de qualidade para todos os estudantes.
Conscientização sobre o TEA
Na Semana de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), também celebrada em abril, as secretarias de Estado de Educação e de Casa Civil (SCC) visitaram a Escola Estadual Doutor Antônio Augusto Soares Canedo, em Belo Horizonte, com o objetivo de conhecer o trabalho pedagógico realizado na unidade em prol da inclusão dos estudantes autistas.
Além disso, foi realizada live com o tema ‘Diálogos Inclusivos: acessibilidade pedagógica como prática possível’.
O propósito era debater a importância do acolhimento adequado aos estudantes com TEA, com destaque para a necessidade do envolvimento de todos os atores presentes na comunidade escolar, bem como da acessibilidade pedagógica, que viabiliza o acesso dos estudantes com autismo ao currículo de forma equitativa.