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sexta-feira, novembro 22, 2024

Regional de Itabira realiza capacitação para surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar para 27 municípios da região

A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, em uma ação conjunta das coordenações de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária e Vigilância em Saúde, promoveu nos dias 7, 8 e 9/5, a capacitação para Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) no auditório da Centro Universitário Funcesi (UNIFUNCESI) em Itabira. A capacitação foi direcionada aos profissionais de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, Vigilância em Saúde do Trabalhador, Vigilância Sanitária, Atenção Primária à Saúde (APS) e Vigilância Epidemiológica Hospitalar dos 27 municípios que compõe as microrregiões de saúde de Guanhães, Itabira e João Monlevade.
A capacitação contou com palestras de referências técnicas da Gerência Regional de Saúde de Itabira, das Superintendências de Vigilância Sanitária e Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e referências técnicas da Fundação Ezequiel Dias (Funed).
De acordo com Aline Graziele Fernandes Martins da Costa, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da GRS Itabira, a DTHA é uma síndrome geralmente constituída de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre, ocasionada pela ingestão de alimentos ou água contaminados, sendo que os surtos se referem à ocorrência de dois ou mais casos, relacionados epidemiologicamente ou de apenas um caso para doenças raras.
“A Vigilância Epidemiológica das DTHA é dinâmica e deve se adaptar tanto às mudanças que ocorrem no perfil epidemiológico das doenças quanto à evolução das práticas de gestão e, nesse sentido, é essencial que as equipes da vigilância estejam atualizadas para a atuação em novos cenários, sempre que necessário”, explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiologia da GRS Itabira.
Aline Costa explicou que a capacitação foi realizada em parceria com as referências técnicas em Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) e referências técnicas da Fundação Ezequiel Dias (Funed), que vem sendo planejada há bastante tempo e foi um momento muito importante de articulação das áreas envolvidas nas investigações de surtos de DTHA. O objetivo foi capacitar as referências técnicas municipais, no que se refere ao monitoramento da ocorrência, notificação e investigação epidemiológica destes eventos que podem representar risco à saúde pública.
“Os dados epidemiológicos demonstram que houve somente 79 surtos no período de 2014 a 2023 notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) nos municípios sob a jurisdição da GRS Itabira. Portanto, esperamos que com a capacitação as equipes de vigilância estejam mais sensíveis para identificar os eventos associados à transmissão hídrica e alimentar que possam apresentar risco à saúde pública”, disse a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da GRS Itabira.
Segundo Cláudia Beatriz de Oliveira Fróes, referência técnica em Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) da Diretoria de Vigilância em Alimentos e Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG), a capacitação é um resultado de um convite feito pela GRS Itabira à equipe da Diretoria de Vigilância em Alimentos e Vigilância Ambiental, e visou abordar temas de extrema relevância, como a importância da notificação imediata; do processo de investigação iniciado no momento oportuno; da articulação e definição das ações que devem ser feitas pelos membros das diferentes equipes envolvidas no processo investigatório; da intervenção oportuna que vise à prevenção, assim como o controle de possíveis outros surtos de origem alimentar. E também utilizaram como exemplo, o surto de DTHA ocorrido no município de São Domingos do Prata, cujo processo de investigação foi executado de forma ágil e eficaz.
“Os técnicos municipais também foram sensibilizados quanto à adesão e realização das ações relacionadas ao Programa de Fortalecimento do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde – VigiMinas”, finalizou Cláudia.
Entre os temas abordados, destacamos o cenário epidemiológico de Doenças Diarreicas Agudas (DDA) e Surtos de DTHA; e a experiência exitosa do município de São Domingos do Prata na investigação de surto de DTHA em escolas.
Recomendações para evitar DTHA
– Comprar alimentos em locais fiscalizados.
– Conservar alimentos perecíveis sob refrigeração em geladeira, observando o rótulo e prazo de validade.
– Lavar as mãos antes e depois de manipular os alimentos.
– Higienizar os utensílios entre a manipulação de alimentos crus e cozidos.
– Em bares, lanchonetes e restaurantes, optar pelo consumo de maionese em sachês.
– Use sempre água potável e fervida.
– Não deixe moscas e outros insetos pousarem nos alimentos.
– Comprar produtos de origem animal somente com registro.
– Não consumir leite “in natura”.
Surto por DTHA
 
Caracteriza-se surto quando duas ou mais pessoas apresentam, em um determinado período, sintomas semelhantes após a ingestão de um mesmo alimento considerado contaminado, normalmente num mesmo local. Em caso de surto, nunca jogue fora os alimentos consumidos, comunique a ocorrência dos fatos às Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica de sua cidade o mais rápido possível.
Orientações no momento do conhecimento do surto
 
– Evitar que os alimentos suspeitos continuem a ser consumidos ou vendidos.
– Guardar, sob-refrigeração, todas as sobras de alimentos na forma em que se encontram acondicionados até a chegada do grupo encarregado pela investigação.
– Preservar as embalagens e respectivos acondicionamentos quando a suspeita estiver relacionada a produtos industrializados.
– Orientar os doentes a procurar o serviço de saúde. E não fazer automedicação.
Por Flávio A. R. Samuel / Fotos: Flávio A. R. Samuel – GRS Itabira
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