Igrejas inteiras estão em fuga em decorrência de conflitos armados
Os seguidores de Jesus que vivem no Sudão enfrentam uma crise humanitária, ainda mais agravada pela perseguição religiosa. Desde que o exército da milícia Forças de Apoio Rápido (RSF, da sigal em inglês) tomou o poder em 2021, os conflitos não param e há muitas denúncias de violações de direitos humanos.
De acordo com os relatórios do Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas, a assistência alimentar não consegue chegar até 90% da população necessitada, pois vivem em áreas inacessíveis. No entanto, a situação dos cristãos é ainda pior, pois costumam ter apoio negado por causa da fé. Muitos cristãos foram atacados em áreas como Darfur, Nilo Azul e nas Montanhas Nuba.
Fikiru (pseudônimo), um especialista da Portas Abertas para a África Oriental, testemunha: “Os nossos contatos relataram que há cristãos que se abrigam em uma igreja ou outros locais onde não se misturam com o resto da população porque são discriminados por serem cristãos”. Igrejas inteiras estão em fuga e não têm condições de socorrer suas comunidades cercadas pelos conflitos. Em casos onde os cristãos fogem de suas casas e comunidades por segurança, eles costumam ficar até duas semanas em um local e depois se deslocar novamente. “Alguns deles têm que viajar a pé durante horas até chegar em um lugar relativamente melhor e mais seguro. Ficar no lugar onde há combate é perigoso e fugir é perigoso”, continua Fikiru
A Portas Abertas pediu às autoridades internacionais que tomem atitudes imediatas para garantir o acesso de todos à assistência humanitária e trabalhem para estabelecer a paz através de negociações. Além disso, conclama cristãos brasileiros e latinos a interceder pelo Sudão e demais países da África Subsaariana durante o DIP 2024, que será neste domingo, 26 de maio.
O Sudão é o 8º país na Lista Mundial da Perseguição 2024, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos no mundo.
Domingo da Igreja Perseguida
A situação dos cristãos perseguidos na África Subsaariana está cada vez mais grave, pois o extremismo islâmico avança no continente com o objetivo de eliminar por completo a presença cristã. Nada menos que 95% das mortes de cristãos aconteceram na África Subsaariana, o equivalente a 5.340 casos, entre outubro de 2021 e setembro de 2022. É necessário reconhecer e agir pelo fim da violência extrema contra aqueles que se declaram seguidores de Jesus. O Domingo da Igreja Perseguida 2024 (DIP) vai levar essa realidade a mais de 15 mil igrejas brasileira e convocar um clamor sobre a vida destes cristãos. Para saber mais sobre a perseguição na região assista o vìdeo Desperta África. Para participar do DIP acesse www.portasabertas.org.br/dip
Regina Andrade