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sexta-feira, janeiro 31, 2025

Hanseníase requer atenção e tratamento precoce para impedir a transmissão da doença e do preconceito

O Brasil é o segundo país com maior número de casos da doença no mundo, atrás apenas da Índia, e tem no Janeiro Roxo um dos instrumentos de promoção da prevenção
 

Cercada por preconceito, a hanseníase, conhecida desde a antiguidade como lepra, é uma doença negligenciada, que pode provocar lesões graves na pele e nos nervos. A doença tem cura mas muitos casos são identificados tardiamente, quando já existem danos que prejudicam a qualidade de vida e a capacidade de trabalho dos pacientes. Em quase dez anos, de 2014 a 2023, foram quase 245 mil novas infecções, segundo o Ministério da Saúde. Apenas em 2023, foram 22.773 novos casos. A hanseníase continua sendo um desafio significativo para a saúde pública no Brasil.

Celebrado todos os anos no último domingo do mês de janeiro, o Dia Mundial e Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase (26 de janeiro), chama a atenção para as medidas de prevenção e controle, bem como alerta para os mitos e conceitos errôneos sobre a doença que tem efeitos físicos, sociais e psicológicas nas pessoas afetadas.

A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença crônica e infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae. “Com registros históricos que remontam à antiguidade, a doença já foi alvo de estigmatização severa. No entanto, avanços médicos e campanhas de conscientização têm transformado o cenário, tornando a prevenção e o tratamento mais acessíveis”, explica o dermatologista, Dr. Jorge Fornazari, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Sintomas da hanseníase

A hanseníase pode se manifestar de diversas formas, sendo os sinais mais comuns:

  • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com perda de sensibilidade ao calor, frio ou dor.
  • Formigamento ou dormência nas extremidades.
  • Perda de força muscular, especialmente nas mãos e pés.
  • Espessamento de nervos periféricos, que podem ser sentidos como “nódulos”.

Formas de prevenção

A prevenção da hanseníase passa por medidas simples, como:

  • Identificação precoce dos casos e tratamento imediato, evitando a transmissão.
  • Manutenção de bons hábitos de higiene.
  • Realização de exames em pessoas que convivem diretamente com o paciente, pois a transmissão ocorre principalmente por contato prolongado com pessoas não tratadas.

Vacinas e tratamento

Embora não exista uma vacina específica contra a hanseníase, a vacina BCG, utilizada contra a tuberculose, oferece proteção parcial. O tratamento consiste em poliquimioterapia (PQT), uma combinação de medicamentos administrados por um período que varia entre 6 e 12 meses. No fim do ano passado, o Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou o teste no Brasil de uma vacina inédita para a hanseníase.

“A hanseníase tem cura, e quanto mais cedo for diagnosticada, menor o risco de de complicações e sequelas,” explica o especialista.

 

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 3 Unidades de hospital geral (Pompeia, Santana e Ipiranga) que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade em neurologia, cardiologia e cirurgia robótica. As Unidades possuem Centro de Oncologia e de Hematologia habilitada para realizar Transplantes de Medula Óssea.

É a primeira Rede de Hospitais fora do Canadá a obter a Certificação em nível Diamante da Qmentum Internacional. Além do Selo Amigo do Idoso, a Rede tem os serviços laboratoriais certificados pela PALC e ainda a Certificação Internacional da ABHH nos serviços de Hematologia e Transplante de Medula Óssea.

As Unidades Pompeia, Santana e Ipiranga prestam atendimentos privados que subsidiam as atividades de várias unidades administradas pela São Camilo no país e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). No Brasil desde 1922, a São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com centros de educação, colégios e centros universitários.

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