Desde 13 de junho de 2025, o confronto entre Israel e Irã escalou para uma fase inédita, com ambos os lados envolvendo-se diretamente em bombardeios e lançamentos de mísseis, colocando toda a região do Oriente Médio em alerta.
Operação Rising Lion
Na madrugada de 13 de junho, Israel lançou a Operação Rising Lion, realizando ataques aéreos e com drones em mais de 100 alvos estratégicos no Irã. Dentre eles, estavam instalações nucleares em Natanz, Khondab e Fordow, complexos de mísseis balísticos, bases do IRGC e uma instalação de lançamento de drones implantada covertamente dentro do território iraniano. Autoridades israelenses afirmam ter eliminado generais do IRGC e cientistas nucleares de destaque .
Retaliação iraniana
Horas depois, o Irã respondeu com a “Operação True Promise III”, lançando uma ofensiva com mais de 150 mísseis balísticos e 100 drones contra o território israelense. As defesas israelenses interceptaram a maior parte, mas alguns projéteis penetraram, causando danos materiais em edificações em Tel Aviv e arredores, resultando em ao menos nove mortes e mais de 279 feridos.
O Irã ameaçou expandir os ataques, incluindo alvos de aliados de Israel — especialmente bases militares dos EUA, Reino Unido e França — caso ocorresse interferência direta. Israel, por sua vez, declarou domínio do espaço aéreo iraniano e advertiu que “Teerã queimará” caso novos ataques sejam lançados contra o país.
Impactos geopolíticos e econômicos
O bloqueio inicial às instalações nucleares iranianas — com danos atestados em Natanz, embora Fordow mantenha sua integridade subterrânea — levou a queda de dezenas de soldados e técnicos iranianos, e prejudicou a infraestrutura de gás e energia.
O preço do petróleo subiu cerca de 6%, atingindo US$ 72 por barril, refletindo temores sobre interrupções futuras no Estreito de Ormuz.
Reações internacionais
A Agência Internacional de Energia Atômica reconheceu os danos em Natanz, advertindo que ataques a locais nucleares são ilegais . Países como Canadá, Austrália, França e Austrália expressaram preocupação diplomática e alertaram contra uma escalada. Apesar disso, aliados ocidentais têm fornecido apoio a Israel — inclusive inteligência e apoio diplomático.
Cenário político interno
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem usado a operação como peça central de sua plataforma política e legado, comparável à Guerra dos Seis Dias em 1967. A ofensiva, apesar de consolidar apoio nacional, intensifica pressões internas por causa de possíveis prolongamentos do conflito — ainda em meio a críticas sobre o recrutamento militar entre ultra-ortodoxos e investigações judiciais contra o premiê.
Risco de escalada regional
Especialistas alertam que o embate direto entre Israel e Irã pode desencadear uma guerra em larga escala no Oriente Médio, integrando outros atores como Hezbollah, Houthi, proxies no Iraque e envolvidos no estreito entre Israel e aliados islâmicos — alargando a zona de conflito e ameaçando a estabilidade global .
Relatório
O confronto permanece volátil, com ambos os lados deixando claro que continuarão seus ataques se forem provocados. O risco de uma guerra regional com envolvimento de grandes potências (EUA, Europa, Rússia) cresce a cada retaliação, enquanto a diplomacia corre contra o tempo para evitar um colapso humanitário e econômico na região.
Acompanhe os desdobramentos deste conflito direto — até então marcado por combates indiretos e ataques por procuração — que se inseriu agora em uma nova etapa, expondo a fragilidade da ordem internacional ao redor das ambições nucleares e rivalidade estratégica entre Israel e Irã.