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sábado, novembro 23, 2024

André Viana afirma que poderá faltar minério no mercado

Presidente do Metabase diz que empresa precisa investir nas minas de Itabira: “Apesar do aumento da produção, pode faltar minério,” disse André Viana.

Segundo o sindicato Metabase de Itabira, a Vale divulgou ao mercado os resultados da produção do primeiro trimestre de 2021. Comparando com o de 2020, percebe-se um aumento de 14.2% na produção. Porém, ao comparar este mesmo trimestre com o último trimestre de 2020, há uma queda na produção de 19.5%.

De acordo com André Viana, presidente do Sindicato, estes dados têm provocado aumento inédito no preço do minério no mundo, ultrapassando patamares acima de U$200 a tonelada. O sindicalista acredita que o mercado internacional vê risco na demanda mundial não ser atendida: “Se de um lado há uma escalada do preço do minério, por outro há uma queda nos valores da ação da Vale, a despeito da oferta de minério que teve déficit no ano passado e corre risco de ter novamente”.

André cita que a imprensa recentemente publicou queda na produção das minas itabiranas, devido à disposição de rejeito, aliada à menor produção de pellet feed em Itabira e Brucutu: “Destaco três pontos de extrema importância nesta informação: o primeiro é a resolução dos problemas relacionados a disposição de rejeito em nossas minas. A barragem do Itabiruçu e seu alteamento já foram liberados pelas autoridades. Importante frisar também o projeto PDE Canga Sudeste, que teve avanços positivos e ajuda também na disposição de rejeito. O segundo ponto é o avanço em investimento nas minas de Itabira, com vistas ao minério de fora, a exemplo da Serra da Serpentina e o incentivo à tecnologia da mineração a seco, crucial para sustentabilidade das nossas reservas e capacidade produtiva, e por último, o painel de metas (um dos índices da PLR) que impacta diretamente os empregados e que deve ser debatido e esclarecido constantemente”.

André informa que o Metabase irá solicitar da empresa os relatórios e notas (parciais) deste Painel, bem como, o acesso dos trabalhadores a estes indicadores: “Não queremos surpresas, muito menos desrespeito nos cálculos da PLR como foi este ano em alguns setores”.

Ainda sobre a disposição de rejeito, ele afirma que os funcionários não podem ser culpados pela menor produção: “Não é atribuição do trabalhador e sim da empresa. Ela deve garantir as condições para que as metas sejam atingidas. Disposição e braços para produzir nunca faltaram, porém, onde depositar rejeito é responsabilidade da Vale”.

A empresa manteve a faixa de meta para o ano de produção de 315 milhões a 355 milhões de toneladas. Ele completa: “Como conselheiro dos trabalhadores no conselho de administração da Vale, levarei estas e outras demandas para o alto comando da empresa na busca de soluções. Inclusive já tenho uma reunião solicitada com a vice-presidente de recursos humanos Marina Quental, para encaminhar os assuntos pertinentes”, finalizou.

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