Em nota oficial em seu site a empresa Vale informou os procedimentos que adotou após a interdição, e o que tem feito para combater o COVID-19. Funcionários da mineradora estão apreensivos quanto a seus empregos e também com relação a situação em que fica a empresa. A cidade de Itabira terá sua economia afetada diretamente em todos os sentidos, tanto o poder público como o comércio local.
A paralisação da empresa está sendo atribuída como mérito do Sindicato Metabase de Itabira, com o mérito do atual vereador e presidente do sindicato André Viana Madeira, que etá tentando “resguardar” os seus associados.
Veja o informe da empresa:
A Vale informa que, em 5 de junho de 2020, adotou as medidas necessárias para suspender as atividades do estabelecimento minerário do Complexo de Itabira, composto pelas minas de Conceição, Cauê e Periquito, em atendimento a uma decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, que restabeleceu os efeitos de Termo de Interdição emitido pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, em Minas Gerais. A determinação vigorará até julgamento do mérito da ação ou até que sejam implementadas as medidas de controle para proteção ao COVID-19 determinadas pelos auditores fiscais do trabalho, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 500.000,00, fixada em uma decisão proferida em 6 de junho de 2020 pelo mesmo tribunal.
A Vale informa que a paralisação das atividades das referidas minas segue todos os critérios técnicos e protocolos de segurança, para proteger a saúde dos trabalhadores. A Vale informa, ainda, que tem consciência de sua responsabilidade socioeconômica e, desde o início da pandemia, tem buscado meios para contribuir com a sociedade brasileira na luta contra o vírus, protegendo seus empregados e as comunidades no entorno de suas operações, conforme descrito a seguir.
Testagem em massa
Desde o início da pandemia, a Vale vem realizando uma série de ações com vistas a prevenir e mitigar os efeitos provocados pelo COVID-19. O protocolo da Organização Mundial da saúde (“OMS”), seguido a rigor pela Vale é: testar, afastar, rastrear e tratar os casos positivos ou suspeitos. Ao seguir o protocolo da OMS e tomar as medidas corretas, a Vale contribui para o controle do COVID-19 nas cidades onde atua. Seguindo essa filosofia e em linha com as recomendações da OMS, a Vale vem promovendo a testagem em massa de seus empregados no Brasil, permitindo, dessa forma, o mapeamento das pessoas que tiveram contato com o vírus e estão assintomáticas. Até 05 de junho foram testados mais de 75% da força de trabalho (próprios e terceiros) da empresa no país.
Em Itabira foi testada a quase totalidade da força de trabalho em regime presencial. A testagem em massa oferece uma maior transparência do número de empregados da Vale que tiveram contato com o vírus, o que contrasta com a menor incidência nas comunidades do entorno, onde não há testagem em larga escala. Diante disso, a companhia permanecerá com o firme propósito de apoiar os municípios aonde atua no processo de testagem, a exemplo do que ocorre em Itabira (MG), e sem prejuízo de outras medidas como a doação de 5 milhões de testes ao Governo Brasileiro.
Outras medidas de prevenção
Além dos testes em massa, desde o início da pandemia, a Vale adotou diversas outras medidas voltadas a assegurar a segurança de seus empregados e colaboradores, tais como: adoção do sistema de “home office”; manutenção dos trabalhadores acima de 60 anos ou com fatores de Fato Relevante risco em casa independente de suas funções; redução de efetivo nas operações e escalonamento de turnos; uso obrigatório de máscaras nas unidades; triagem diária na chegada dos trabalhadores, com aferição de temperatura corporal e aplicação de questionário de saúde para 100% do efetivo; (vi) medidas de distanciamento social e controle, como aumento da frota de ônibus para reduzir lotação e redução do número de empregados em refeitórios; e higienização constante das instalações.
Guidance de produção
O guidance de volume de produção de minério de ferro de 310-330 Mt em 2020 considera um impacto negativo de 15Mt provenientes de eventuais impactos decorrentes do combate ao COVID -19. Considerando a produção mensal esperada de 2.7Mt do Complexo de Itabira para os próximos meses e o provisionamento de até 15Mt de perdas associadas à COVID-19 em 2020, não há, nesse momento, necessidade de revisão do guidance. A Vale informa, no entanto, que poderá haver desabastecimento temporário de pelotas para o mercado interno, enquanto permanecer a paralisação de Itabira, tendo em vista que o complexo fornece pellet feed para as pelotizadoras do complexo de Tubarão.